Prezados amigos e amigas,

O presente Blog, tem a finalidade de ser mais um instrumento de valorização da família.
Por isso trará sempre artigos relacionados a esse tema, abordando os diversos aspectos que envolvem a formação de uma família sadia e segundo os preceitos cristãos, além de enfocar os diversos aspectos do relacionamento familiar.
Esperamos assim, que possa servir como um meio de reflexão, ajuda e fortalecimento àquelas famílias que encontram-se em situação difícil.

Que Deus nos ajude nessa empreitada.

Pedimos ainda que a Sagrada Família abençoe e proteja a todas as famílias do mundo inteiro. Amém !

José Vicente Ucha Campos
jvucampos@gmail.com

quinta-feira, 31 de julho de 2014

ENTENDA A DIFERENÇA ENTRE A CABEÇA DO HOMEM E A DA MULHER

Uma forma criativa de explicar o funcionamento da cabeça do homem e a da mulher, 
exemplificando suas diferenças e a importância disso dentro do casamento.

Vale a pena assistir!



quarta-feira, 30 de julho de 2014

ARIANO SUASSUNA E O VERDADEIRO HERÓI



QUEM SEU FILHO ESTÁ COLOCANDO COMO HERÓI 
EM SUA VIDA?

Vale a pena refletir!
Fonte: Estou Feliz

terça-feira, 29 de julho de 2014

POR QUE DEUS PEDE UM CASAMENTO PARA SEMPRE E COM A MESMA PESSOA?

Quando se perde a noção de Deus, dissolve-se a concepção do amor.


Existem ensinamentos de Jesus que provocam desconforto, porque, ao nosso ver, seriam limitadores da liberdade e do desejo de construir a felicidade. 
"Não lestes que o Criador, no começo, fez o homem e a mulher e disse: Por isso, o homem deixará seu pai e sua mãe e se unirá à sua mulher; e os dois formarão uma só carne?" (Mateus 19,4-6).

Esta frase pronunciada com autoridade por Jesus, contradizendo também a lei mosaica, suscitou debates, divisões, cismas no interior da Igreja. E também dor por parte de muitos que, tendo fracassado no próprio casamento, buscaram refazer-se na vida afetiva e hoje se sentem excluídos ou rejeitados pela Igreja porque não podem comungar.

Trata-se de um dos ensinamentos que não é facilmente compreendido. Como pode Deus reivindicar que uma união conjugal seja para sempre, se nós somos vulneráveis, tão inclinados ao mal, frágeis, sentimo-nos frequentemente incapazes de ser fiéis aos nossos compromissos perenes? Pode existir uma união para sempre? E se errarmos?

Por outro lado, muitos defendem a possibilidade de dissolver o matrimônio levando em consideração o fato de que o amor seria inconstante, ou que não exista um afeto que possa ser duradouro por causa da contingência do homem. Por que Deus pede união matrimonial para sempre e com apenas uma pessoa? Talvez não nos conheça, ou não sabe do que somos feitos?

A defesa da indissolubilidade está na argumentação da sua negação. Deus sabe do que somos feitos e por isso acredita em nós. Ele conhece perfeitamente tudo o que somos capazes, nós, porém, por causa do nosso pecado, pouco a pouco nos esquecemos. Somos pecadores, Ele sabe muito bem, mas somos também seres redentores, e esta redenção é o que permite fazer de nós novas criaturas. Somos feitos para o amor, que não é somente uma possibilidade humana, mas também um dever metafísico. Quem não ama perdeu a sua humanidade e o sentido daquilo que é.

Para acreditar na indissolubilidade matrimonial é necessário acreditar na fidelidade, e para acreditar na fidelidade é necessário acreditar no amor. Mas para acreditar no amor é fundamental acreditar em Deus. Não se pode acreditar no amor verdadeiro se não acreditarmos em Deus.

Para que o amor seja eterno e perene depende do fato de acreditar que existe um Deus que é amor. Isso porque as definições “para sempre” (caráter infinito), “desde sempre” (eternidade), perfeição e transcendência, são ligadas ao Criador. Quando se perde a noção de Deus, dissolve-se a concepção do amor.

Ninguém crê tanto no amor humano como Deus, que sabendo como somos, permitiu nos dar sempre através de todas as gerações a oportunidade de aprender Dele que é o nosso melhor Mestre. E nos propõe um modelo de trindade terrena na qual a experiência amorosa possa ser vivida nesta vida.

Negar Deus é negar a eternidade, e com isso sucumbe a ressurreição e seremos condenados ao nada.

Se deixarmos o amor como puro mecanismo fisiológico, estaremos expondo-o à sensibilidade da pele que quer sempre dar prazer a si mesma. Somente quando compreendemos que Deus existe, que “é amor” e que nos amou com amor eterno, podemos viver a experiência da doação, do “sim” para sempre sem medo de errar. Mas sobretudo sem deixar aquele “sim” à mercê dos instintos viscerais que pedem cada dia mais como uma enorme serpente que devora a si mesma pela cauda.

O amor humano está ligado a Deus. A incredulidade, o ateísmo, são a morte do “amor para sempre”; e se não existe este amor para sempre, estamos condenados a viver desejando o que não é possível. Aquilo que nos espera é a ausência de sentido.

Fonte: Aleteia

segunda-feira, 28 de julho de 2014

PANAMÁ SERÁ A SEDE DO PRIMEIRO CONGRESSO LATINO-AMERICANO DE PASTORAL FAMILIAR

Adicionar legenda

      De 4 a 9 de agosto de 2014,     acontece o 1º Congresso Latino-Americano de Agentes de Pastoral Familiar (I Colpafa) promovido pelo CELAM, na cidade do Panamá.


O tema proposto para o encontro será "Família e desenvolvimento social para a vida completa e comunhão missionária", em comunhão com o próximo Sínodo Extraordinário dos Bispos sobre a Família, convocado pelo Papa Francisco.
O Congresso é coordenado pelo Departamento de Família e Vida da Juventude CELAM, que em nota, explicou que "a ideia de organizar busca redescobrir a identidade da pastoral familiar da América Latina, para a vida plena e comunhão missionária. A proposta é que a conferência possa contribuir para formação dos agentes da família, a partir de estudos socioeconômicos e políticos, sociais e famílias valor de prioridade como fonte de desenvolvimento social.
A coordenação nacional da Pastoral Familiar, bispos referenciais e assessores do Brasil participarão do evento. A conferência será realizada em três etapas: 1) para compartilhar a vida e espiritualidade 2) identificar os desafios e horizontes pastorais, e 3) a construção de linhas de ação pastoral.
Outras cinco temáticas nortearão as reflexões durante o evento, são elas: (família e educação, comunicação familiar e da vida familiar, da família e da economia, e familiares e Nova Evangelização).
Com as exposições sobre a família e seu vínculo com a educação, a comunicação, a vida quanto às políticas públicas, a economia e a nova evangelização, busca-se dar a conhecer as dimensões e os desafios da família hoje.

Portanto, haverá uma análise das dificuldades, adversidades e se observará as possibilidades de desenvolver, “segundo o projeto de Deus”, linhas de ação frente a cada realidade.

Durante o congresso, na terça-feira 5, quarta-feira 6 e quinta-feira 7, serão apresentados três testemunhos de famílias.

No evento estarão presentes diferentes Bispos do CELAM e delegados da Pastoral Familiar e Pastoral Juvenil de 22 países como a Argentina, Brasil, Colômbia, México, Venezuela, Costa Rica, Honduras, República Dominicana, entre outros.

Fonte: RCR

quinta-feira, 24 de julho de 2014

AMOR VERDADEIRO ENTRE NETO E AVÓ

Entrevista com Fernando Aguzzoli Peres que fala 
do seu amor pela avó


AMOR VERDADEIRO ENTRE NETA E AVÓ


Jovem que foi cuidada por avó na infância carrega idosa 
para o trabalho todos os dias para evitar 
deixá-la na solidão

Huang Li Hua, de 24 anos, do sudoeste de Chongqing, município da China, contou que seus pais, quando ela era uma criança, precisavam ir trabalhar e, como resultado, eles a enviavam para ficar com a avó Wan Zongsiu, de 88 anos, no campo. Hoje, depois de vários anos, é ela que cuida e leva a avó para o trabalho.
“Ela nunca me deixou trancada em casa, se ela estava indo ao mercado, visitar amigos ou trabalhar nos campos, ela me levava junto. E eu nunca quis nada mais, havia sempre boa comida para comer e muito amor,” disse Huang.
Pouco tempo depois ela começou a ir para a escola e voltou para a cidade de seus pais, mas nunca esqueceu o seu tempo com a avó.
Huang Li Hua cuida de sua avó e a leva para trabalhar todos os dias, mesmo que seja precisoo carrega-la, retribuindo o carinho que recebeu na infância.
Depois de deixar a escola, ela foi pela primeira vez trabalhar na província do leste da China, em Guangdong, onde ganhou dinheiro suficiente para voltar para casa de seus pais e começar seu próprio negócio, um restaurante de fast food na cidade.

Ela disse: “Eu tenho tudo que eu quero na minha vida agora. Um namorado que eu amo muito e um negócio que está indo bem. Por isso era natural para mim que eu devesse pensar em minha avó, que me deu tanto amor e cuidou de mim.”

Huang levou a avó para a cidade e passou a cuidar da idosa, levando-a para trabalhar todos os dias no restaurante.

Apesar de sua avó nem sempre se sentir bem o suficiente no trajeto, ela ainda faz o percurso diário mesmo que sua neta tenha que carregá-la.



Fonte: R7

O CICLO DA VIDA EM FAMÍLIA


sábado, 19 de julho de 2014


quarta-feira, 16 de julho de 2014

A IMPORTÂNCIA DA FAMÍLIA NO MUNDO

 
A Igreja não analisa os desafios da família na postura simplista de “pode-não pode” mas parte da análise da ‘crise antropológica aguda’ que vivemos.

A família, como vai?

O Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo, em artigo publicado pelo jornal O Estado de São Paulo, destaca o papel fundamental da família na sociedade e a preocupação da Igreja em tratar os desafios por ela enfrentados.
 
O texto do Cardeal parte da decisão do Conselho de Direitos humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), em seu 26° período de sessões de “Proteção à Família”, que aprovou uma resolução na qual a família é reconhecida como o núcleo “natural e fundamental da sociedade”, destacando “o direito a proteção por parte da sociedade e o Estado”.
 
“Pareceria que a ONU aprovou o óbvio ao se referir ao direito das crianças, pois é difícil imaginar que alguém possa afirmar o contrário” – afirma D. Odilo-.
 
Dom Odilo recorda que “mesmo em tempos de crise, a instituição familiar tem merecido o melhor dos esforços da Igreja, para ampará-la e fortalecê-la em sua dignidade e função social”. A Igreja Católica “não desconhece as dificuldades que sacodem a instituição familiar; mas não a considera como um barco à deriva, que deva ser abandonado à própria sorte”, afirma. 
 
“Compreende-se, assim, por que o papa Francisco convocou uma assembléia extraordinária do Sínodo dos Bispos, com o objetivo de tratar dos atuais desafios da família, que interpelam também a missão da própria Igreja”.  
 
Dom Odilo Scherer cita o Instrumento de trabalho do Sínodo sobre a família, elaborado a partir das respostas a um amplo questionário espalhado pelas dioceses do mundo inteiro.
“As respostas trataram de uma lista extensa de situações vividas pela família, que vão da difusão dos ensinamentos da Igreja sobre a família e o casamento, e sua recepção, ao trato da Igreja com tais questões, às pressões culturais, econômicas e morais sofridas pela família; mas também contemplam as atuais realidades familiares, como as novas uniões depois de uma separação ou divórcio e sua participação na vida da Igreja; as uniões sem formalização alguma, nem civil, nem religiosa; a aparente descrença no casamento e na família e a transmissão responsável da vida; a educação dos filhos, cada vez mais fora da responsabilidade dos pais; as uniões de pessoas do mesmo sexo, com a pretensão de ter status de casamento e família; as políticas contrárias ao casamento e à família em várias partes do mundo…”.
 
O que leva a Igreja a refletir sobre essas questões, “é a preocupação com as pessoas envolvidas nessas diversas situações concretas, sem abandoná-las, nem lhes dar a impressão de que a Igreja e o próprio Deus não têm mais nada para lhes oferecer”, afirma D. Odilo. “O Evangelho, de toda maneira, continua sendo “boa nova” de salvação e de vida para todos; as dificuldades atuais não são, nem devem ser, a referência última para a família e a pessoa humana”.
 
O Cardeal destaca que “não se espere que o Sínodo vá enfrentar esses temas de maneira pragmática, buscando apenas chegar a um simplista “pode-não pode”. As questões são profundas e não dependem de uma atitude voluntarista da Igreja, amoldável aos humores do tempo e dos movimentos culturais”. “Elas se inscrevem numa crise antropológica e cultural aguda, que atinge a própria pessoa humana, sua identidade e sentido”.
 
“Quando o ser humano é apreciado apenas do ponto de vista instrumental e utilitarista, ele passa a ser objeto de uso e meio para atingir objetivos de outras pessoas, da sociedade ou do Estado; e já não é mais vista um fim em si mesmo, como ensinava Emmanuel Kant: ‘o ser humano nunca deve ser tido como um meio, mas sempre como um fim em si mesmo’”.
 
Para D. Odilo “essa verdadeira deturpação do sentido do ser humano também leva à concepção da vida como aventura voltada sobre o próprio indivíduo, para o usufruto das sensações do momento, sem o horizonte da alteridade, no qual ele encontra a sua verdadeira expressão e sua realização mais plena”, o que gera uma grande “desorientação nas relações humanas, no sentido do amor, bem como nas instituições sociais mais elementares, como o casamento e a família, anteriores à própria sociedade organizada e ao Estado”.
 
A assembleia extraordinária do Sínodo é uma etapa do “caminho sinodal”, que se concluirá na 14ª assembleia ordinária do Sínodo, em outubro de 2015. Por fim, o Cardeal explica que “agora, o objetivo é fazer uma reflexão aprofundada sobre a situação da família e do casamento, para compreender melhor os motivos da sua crise e discernir sobre as novas perspectivas que se abrem para a missão da Igreja”.
 
Maria Emilia Marega Pacheco
 
Fonte: Blog Carmadélio

sexta-feira, 11 de julho de 2014

O CARDEAL BALDISSERI FALA SOBRE OS CONTEÚDOS DA PRÓXIMA ASSEMBLÉIA EXTRAORDINÁRIA DO SÍNODO SOBRE A FAMÍLIA

2014-07-10 L’Osservatore Romano
Foi como se tivesse sido desenhada a imagem-tipo da família, com todas as suas luzes e todas as suas sombras, pronta para ser retocada de modo a poder entrar legitimamente a fazer parte dos tesouros a defender a nível universal, como património da humanidade. É o conteúdo do Instrumentum laboris, documento que os padres sinodais utilizarão na próxima assembleia extraordinária de Outubro.

 
Caberá a eles evidenciar os claros e os escuros, as figuras pouco nítidas, as imperfeições e os retoques a serem feitos. Caberá a eles focalizar a luz sobre as problemáticas atuais, sem se deixar condicionar pela pressão mediática privilegiando alguns aspectos em detrimento de outros. O trabalho que os espera é notável, as expectativas também, porque a Igreja, mas inclusive as outras religiões, os Estados e as sociedades esperam respostas sobre o tema da família. Destas situações fala o cardeal Lorenzo Baldisseri, secretário-geral do Sínodo dos bispos, numa entrevista ao nosso jornal.
 
O Papa Francisco observou várias vezes que existe o risco de que a opinião pública seja induzida a considerar o Sínodo como um debate sobre os divorciados e os recasados. O que se pode fazer para restabelecer a óptica correta?
 
Estou convicto de que a publicação do Instrumentum laboris favorecerá a correta colocação do tema ao qual nos referimos. De fato, da leitura do texto intui-se que a assembleia especial do próximo mês de Outubro tratará a família na sua complexidade e urgência, enfrentando todos os aspectos que lhe dizem respeito, citados no documento, o qual contém as respostas às 38 perguntas do questionário distribuído a seu tempo aos episcopados e às instituições de direito. Gostaria de recordar que o documento se compõe de três partes, com respectivos capítulos, subdivididos em 159 números, entre os quais só alguns se ocupam do tema sobre o qual o senhor fala. A progressiva atenção à vastidão da temática familiar que se desenvolve organicamente no documento trará compreensão e clareza para todos e diminuirá a tendência, inclusive a nível mediático, a privilegiar alguns aspectos em relação a outros. Devemos ter presente sobretudo que os vários temas estão estreitamente ligados entre si e para que haja um sadio e correto entendimento, estudo e, eventualmente, um ponto de resolução devem ser considerados no seu conjunto e em igual medida.
Fonte: News.va
 
INSTRUMENTUM LABORIS
(síntese)
 
A família, lugar exemplar de evangelização

110. De entre os agentes da transmissão da fé, as respostas dão amplo destaque à figura da família. Por um lado, a mensagem cristã sobre o matrimónio e a família é um grande dom que faz da família um lugar exemplar de testemunho da fé, dada a sua capacidade profética de viver os valores fundamentais da experiência cristã: dignidade e complementaridade do homem e da mulher, criados à imagem de Deus (cf. Gn 1, 27), abertura à vida, partilha e comunhão, dedicação aos mais frágeis, atenção à educação, confiança em Deus como fonte do amor que une. Muitas Igrejas particulares insistem e investem energias na pastoral familiar, precisamente nesta perspectiva missionaria e testemunhal. 
 
111. Por outro lado, a família, para a Igreja, tem a responsabilidade de educar e transmitir a fé cristã desde o início da vida humana. Daqui nasce a profunda ligação entre a Igreja e a família, com a ajuda que a Igreja deseja dar à família e a ajuda que se espera da família. Muitas vezes, as famílias estão imersas em fortes tensões por causa dos ritmos de vida, do trabalho cada vez mais incerto, da precariedade galopante, da fadiga da responsabilidade educativa que cada vez é mais árdua. As próprias famílias que tomaram consciência das suas dificuldades sentem a necessidade da ajuda da comunidade, do acolhimento, da escuta e do anúncio do Evangelho, do acompanhamento na sua missão educativa. O objectivo comum é que a família tenha um papel cada vez mais activo no processo de transmissão da fé.
 
112. As respostas dão conta das dificuldades e necessidades que emergem de várias famílias hodiernas, incluindo as cristãs: a necessidade de apoio expresso, de modo cada vez mais evidente, em várias situações de dor e de fracasso no educar à fé, sobretudo as crianças. Várias respostas abordam a constituição de grupos de famílias (locais ou ligados a experiências e movimentos eclesiais) animados pela fé cristã. Ela permitiu a tantos casais enfrentarem melhor as dificuldades que vieram ao seu encontro, dando assim um testemunho claro da fé cristã.
 
113. Estes grupos de famílias, de acordo com muitas respostas, são um exemplo dos frutos que o anúncio da fé gera nas nossas comunidades cristãs. As respostas a este respeito demonstram um certo optimismo na capacidade que muitas comunidades cristãs têm, apesar da situação de provisoriedade e de precariedade em que se encontram, na fidelidade à celebração comum da sua fé, a disponibilidade, ainda que limitada em recursos, para acolher os pobres e viver um testemunho evangélico simples e quotidiano.
 
Para ter acesso ao texto completo, acesse o link:

segunda-feira, 7 de julho de 2014

domingo, 6 de julho de 2014

sábado, 5 de julho de 2014

"SEXTING" - UMA PERIGOSA MODA ADOLESCENTE


Poucos são os adultos que sabem do que se trata este fenômeno e o quanto está crescendo entre as novas gerações


Até alguns anos atrás, as cartas de amor eram os meios utilizados pelos jovens namorados para demonstrar o seu afeto. Com a evolução da tecnologia, as cartas foram substituídas pelo “sexting”, que hoje se converteu na nova forma dos jovens casais demonstrarem o seu “carinho”, sem levar em conta as consequências que isso pode ocasionar-lhes. Além disso, há uma outra parte da juventude que usa o sexting para se divertir ou também para criar popularidade e alcançar aceitação entre os grupos.

O que é o sexting? 


O termo sexting nasceu da junção das palavras “sex” (sexo) e “texting” (envio de textos) para se referir ao envio de imagens deles mesmos ou de amigos com pouca roupa ou em posições eróticas através de celulares, computadores ou outros dispositivos eletrônicos.

Tudo surge quando os adolescentes decidem tirar fotos ou vídeos com as características descritas acima e as enviam inocentemente a um(a) jovem que querem conquistar, pois confiam que essa pessoa manterá em sigilo as imagens. No entanto, na maioria das vezes, as imagens são transmitidas de pessoa a pessoa até que se proliferam pela internet rapidamente, revelando ao mundo a intimidade de quem aparece na foto.

Segundo especialistas, as causas deste fenômeno vão desde a desatenção familiar até o maior acesso às tecnologias sem o controle ou a orientação dos pais, situação que coloca em risco a reputação dos jovens, que muitas vezes não possuem critério ou discernimento suficiente para perceber as consequências de se enviar imagens ou vídeos de sua intimidade.

O que fazer como pais? 


Seguem algumas recomendações para orientar os filhos perante este modismo:

1) Formar a consciência deles sobre a importância de seu corpo e de sua integridade em geral. Mostrar-lhes as consequências desse tipo de prática.

2) Estimular a autoestima dos filhos, pois um(a) jovem com boa autoestima não permitirá que isso ocorra com ele(a).

3) Ensinar aos filhos a importância de não compartilhar ou reenviar esse tipo de mensagem, caso a recebam.

4) Criar um vínculo de confiança com os filhos, de forma que eles possam se comunicar abertamente com os pais, de modo que os pais sejam as primeiras pessoas contactadas no caso nos jovens precisarem de ajuda.

5) Orientar os filhos sobre o uso responsável da tecnologia e sobre os riscos associados a ela. Se for dar um celular a um menor de idade, deve ser explicado a ele a finalidade do uso, o que pode fazer e o que não pode.

6) Não simplesmente proibir o uso da tecnologia. A curiosidade, acompanhada pela restrição dos pais, leva a que os filhos busquem a informação que querem através de amigos e outras pessoas, isso de forma irresponsável.

7) Posicionar o computador em lugares visíveis dentro da casa, como na sala, em um ambiente onde os jovens possam ser supervisionados por adultos e não lhes seja permitido ter um local de intimidade perante o computador.

A melhor maneira de cuidar da integridade de nossos filhos é falar com eles sobre as consequências do uso inadequado da sexualidade, tanto a curto como médio prazo e do desvirtuamento do verdadeiro sentido do amor.

A sexualidade baseada no amor e no respeito deve fazer parte da tarefa educativa da adolescência, etapa da vida onde a afetividade precisa de boa orientação. A tarefa dos pais é promover uma sexualidade baseada na dignidade da pessoa, que não é nada mais do que o respeito do próprio corpo e do corpo do outro. A sexualidade vivida a partir da perspectiva da dignidade da pessoa é uma doação de intimidades que parte de uma entrega total como é o verdadeiro amor.
 
Fonte: Aleteia

quarta-feira, 2 de julho de 2014

BRASIL SE ABSTÊM DE APROVAR RESOLUÇÃO A FAVOR DA PROTEÇÃO DA FAMÍLIA NA ONU


ONU aprovou histórica resolução a favor da
proteção da família e Brasil se abstêm
 

GENEBRA, 30 de junho de 2014 - O Conselho de Direitos humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), em seu 26° período de sessões, aprovou a resolução de “Proteção à Família”, que reconhece a família como o núcleo “natural e fundamental da sociedade, e tem direito a proteção por parte da sociedade e o Estado”, o que representou uma verdadeira derrota do lobby gay.
 
Na resolução, aprovada por 26 votos contra 14 neste 25 de junho, com seis abstenções, o Conselho de Direitos humanos da ONU reconhece também “que a família tem a responsabilidade primária de nutrir e proteger as crianças da mesma forma em que as crianças, para o desenvolvimento completo e harmonioso de sua personalidade, devem crescer em um ambiente familiar e em uma atmosfera de felicidade, amor e entendimento”.
 
Em declarações a ACI Imprensa, o Dr. Carlos Beltramo, do Instituto Cultura e Sociedade (ICS) da Universidade da Navarra, assinalou que a resolução do organismo da ONU “foi um interessante passo adiante no reconhecimento da natureza da família em um foro tão importante das Nações Unidas”.
“Esta é uma boa oportunidade para relançar a educação da pessoa dentro da família, que é o melhor caminho para o futuro da humanidade”, indicou.
 
Beltramo assinalou que “dar formação às famílias e animar a que as famílias eduquem suas crianças é um meio fundamental para fortalecer sociedades saudáveis que permitam que todos superem até mesmo situações difíceis como as que tivemos que viver”.
 
O organismo da ONU decidiu ainda criar um painel por motivo do 20º aniversário do Ano Internacional da Família, assim como promover referências à família de uma forma positiva para reverter uma tendência dos últimos tempos de tratar a família como o centro dos conflitos, dos problemas e das violações de direitos humanos.
 
Em declarações recolhidas pelo site BuzzFeed, Austin Ruse, presidente do Instituto Família Católica e Direitos humanos, com base nos Estados Unidos, assinalou que a resolução do Conselho de Direitos humanos da ONU é uma “derrota” do lobby gay.
 
“A derrota (do conceito) de vários tipos de família demonstra que a ONU está cansada deste tipo de debates”, assinalou.
 
Austin Ruse assegurou que “a maioria de estados membros queria avançar para temas que preocupem o mundo e não só as elites no (hemisfério) norte”.
 
Os países que apoiaram com seus votos a resolução de proteção da família são foram a Argélia, Benin, Botswana, Burkina Faso, China, Congo, Costa do Marfim, Etiópia, Gabão, Índia, Indonésia, Cazaquistão, Quênia, Kuwait, Maldivas, Marrocos, Namíbia, Paquistão, Filipinas, Federação Russa, Arábia Saudita, Serra Leoa, África do Sul, Emirados Árabes Unidos, Venezuela e Vietnã.
 
Os estados que se opuseram a esta histórica resolução a favor da família foram Áustria, Chile, República Tcheca, Estônia, França, Alemanha, Irlanda, Itália, Japão, Montenegro, República da Coréia, Romênia, Reino Unido e Estados Unidos.
 
Por sua parte Argentina, Brasil, Costa Rica, México, Peru e a República da Macedônia se abstiveram, e Cuba não participou do voto.
 
Fonte: ACIdigital

terça-feira, 1 de julho de 2014

A SEXUALIDADE NO MATRIMÔNIO

O que significa o matrimônio e a relação sexual no plano divino?
 
Para que Deus os criou?
 
Qual a Sua intenção?
 
Qual o modelo que temos para viver a relação sexual no matrimônio?
 
    Qual o contexto que me realiza  como pessoa na vivência da relação sexual?
 
Essas e outras perguntas sobre esse tema tão delicado na doutrina da igreja católica, são desvendadas nesse artigo que deve ser lido por todos os casais católicos que receberam o Sacramento do Matrimônio.
 
O hinduísmo, por exemplo, tem um manual de práticas sexuais, o famoso “Kama Sutra”. Porque essa religião oriental assim o fez? Podemos nós católicos nos utilizar desse manual?
 
Para os hindus, os pilares da vida material são Artha (economia e riqueza), Kama (estética e prazer), Dharma (justiça e religião) e Moksha (liberação), devendo o hindu que busca o equilíbrio investir igualmente em todas essas áreas. Para o hinduísmo, não existe o conceito de salvação pela graça, o homem deve trilhar seu caminho, com práticas religiosas, orações, yoga, ascese, até conseguir atingir – por esforço próprio – o nirvana, superando o ciclo de reencarnações, conforme eles acreditam.
 
As orientações contidas no Kama Sutra estão permeadas de filosofias e ensinamentos da religião hindu, além do que, nem todas as práticas recomendadas serão compatíveis com a moral católica, o que o descarta como possível manual de sexualidade pelo casal católico.
 
O catolicismo, por outro lado, não tem um manual de práticas sexuais. Não há listas, muito menos ilustrações, do que é lícito ou não. A moral católica trabalha com conceitos e princípios, que nós, através de um exercício mental, devemos aplicar.
 
Para termos a real noção do que é a sexualidade no matrimônio, podemos iniciar com os seguintes questionamentos:
 
O que significa o matrimônio e a relação sexual no plano divino? Para que Deus os criou? Qual a Sua intenção? Qual o modelo que temos para viver a relação sexual no matrimônio? Qual o contexto que me realiza como pessoa na vivência da relação sexual?
 
Primeiramente, cabe desfazer o mito de que “sexo é sujo”.
“Seja bendita a tua fonte! Regozija-te com a mulher de tua juventude, corça de amor, serva encantadora. Que sejas sempre embriagado com seus encantos e que seus amores te embriaguem sem cessar! ” (Provérbios 5,18-20)
O casamento não é uma questão periférica na vida cristã, mas sim, encontra-se no centro do mistério. Por meio de sua analogia, comunica o mistério de Deus.
 
“A Sagrada Escritura começa com a criação do homem e da mulher à imagem e semelhança de Deus e conclui com uma visão das ‘núpcias do Cordeiro’. As Escrituras falam do começo ao fim sobre o casamento e seu ‘mistério’, sua instituição e o significado que Deus lhe deu, sua origem e seu fim, … as dificuldades em se erguer do pecado, e sua renovação ‘no Senhor’”. Do começo ao fim do Antigo Testamento, o amor de Deus por seu povo é descrito como o amor de um esposo por sua noiva. No Novo Testamento, Cristo encarnou este amor. Ele veio como o Noivo Celeste para unir-se indissoluvelmente à sua Noiva, a Igreja.[1]

Diz o Papa João Paulo II:Neste mundo inteiro não há uma imagem mais perfeita da União e Comunidade de Deus. Não há nenhuma outra realidade humana que corresponda melhor, humanamente falando, àquele mistério divino”[2].
 
O Sacramento do matrimônio consiste, basicamente, na livre troca de consentimento adequadamente testemunhada pela Igreja. A união sexual consuma este sacramento — completa, aperfeiçoa. Através da união sexual, portanto, as palavras dos votos matrimoniais tomam corpo. Para que a união sexual seja legítima, no matrimônio, são requisitos a livre concordância com uma união de amor indissolúvel, fiel e aberta aos filhos.
 
O ato sexual deve atender a dois aspectos, o unitivo e o procriativo. O unitivo reflete o dom de entrega total entre os esposos, e o procriativo implica na abertura à geração de filhos.
 
“O corpo tem um significado esponsal porque revela o chamado do homem e da mulher a se tornarem dom um para o outro, um dom que se realiza plenamente na sua união de ‘uma só carne’. O corpo também tem um significado generativo que, se Deus permitir, traz um “terceiro” através desta união.” [3]

Sobre a moralidade do sexo no matrimônio, Christopher West escreve, baseando-se nas catequeses de João Paulo II (grifos meus):
 
João Paulo II diz que nós “podemos falar sobre moral bem ou mal” no relacionamento sexual “de acordo com o quanto ele possui… ou não o caráter de verdadeiro sinal”. Em resumo, nós somente precisamos fazer a seguinte pergunta: Seria um determinado comportamento, um autêntico sinal do amor divino ou não?

A união sexual possui uma “linguagem profética” porque ela proclama o próprio mistério de Deus. Mas o Papa acrescenta que precisamos ser cuidadosos em distinguir entre verdadeiros e falsos profetas. Se somos capazes de dizer a verdade com o corpo, também somos capazes de falar contra esta verdade.
 
A fim de serem “fiéis ao sinal”, os esposos precisam falar como Cristo fala. Cristo dá seu corpo livremente (”Ninguém a tira de mim, mas eu a dou de mim mesmo e tenho o poder de a dar”, Jo 10,18). Ele dá seu corpo sem reservas (”até o extremo os amou”, Jo 13,1). Ele dá seu corpo fielmente (”Eu estarei sempre convosco”, Mt 28,20). E ele dá seu corpo fecundamente (”Eu vim para que tenham vida”, Jo 10,10).
 
É com este amor que o casal se compromete no matrimônio. De pé ante o altar, o padre ou diácono pergunta a eles: “Vocês vieram aqui livremente e sem reservas para darem-se um ao outro em casamento? Vocês prometem ser fiéis até a morte? Vocês prometem receber com amor os filhos que Deus vos der?” Então, tendo concordado em amar como Cristo ama, o casal é destinado a encarnar tal amor em sua relação sexual. Em outras palavras, a união sexual é destinada a ser o lugar onde as palavras dos votos matrimoniais “se tornam carne”.
 
Quão saudável seria um casamento se os esposos, ao invés de encarnar seus votos, fossem regularmente infiéis aos mesmos, regularmente falando contra eles? Aqui reside a essência do mal da contracepção. O desejo de evitar uma gravidez (quando há razões suficientes para isso) não é o que corrompe o comportamento dos esposos. O que corrompe o sexo acompanhado de contracepção é a escolha específica de tornar estéril uma união potencialmente fértil. Isto torna o sinal do amor divino um “contra-sinal”.

O amor divino é generoso; ele gera. E, para tornar mais simples, é por isso que Deus nos deu genitais - para capacitar os esposos a refletir em seus corpos (a “encarnar”) uma versão terrena de seu amor livre, total, fiel e fecundo. Quando os esposos escolhem usar contracepção - isto é, quando eles adulteram voluntariamente o potencial criativo de sua união - eles se tornam “falsos profetas”. Seu ato sexual continua “falando”, mas ele nega o vivificante amor de Deus.
Mas, é possível a paternidade responsável sem ferir a moral católica? A resposta pode ser encontrada na Constituição Pastoral Gaudium et Spes, que também enfoca a necessidade de cada casal formar sua consciência, sempre sob a orientação do magistério da Igreja. É o dever de cada casal aplicar estes princípios básicos em suas situações particulares.
 
"Os esposos sabem que no dever de transmitir e educar a vida humana que deve ser considerado como a sua missão específica , eles são os cooperadores do amor de Deus Criador e como que os seus intérpretes. Desempenhar-se-ão, portanto, desta missão com a sua responsabilidade humana e cristã; com um respeito cheio de docilidade para com Deus, de comum acordo e com esforço comum, formarão retamente a própria consciência, tendo em conta o seu bem próprio e o dos filhos já nascidos ou que prevêem virão a nascer, sabendo ver as condições de tempo e da própria situação e tendo, finalmente, em consideração o bem da comunidade familiar, da sociedade temporal e da própria Igreja. São os próprios esposos que, em última instância, devem diante de Deus, tomar esta decisão. Mas, no seu modo de proceder, tenham os esposos consciência de que não podem proceder arbitrariamente, mas que sempre se devem guiar pela consciência, fiel à lei divina, e ser dóceis ao Magistério da Igreja, que autenticamente a interpreta à luz do Evangelho.
 
Essa lei divina manifesta a plena significação do amor conjugal, protege-o e estimula-o para a sua perfeição autenticamente humana. Assim, os esposos cristãos, confiados na divina Providência e cultivando o espírito de sacrifício, dão glória ao Criador e caminham para a perfeição em Cristo quando se desempenham do seu dever de procriar com responsabilidade generosa, humana e cristã. Entre os esposos que deste modo satisfazem à missão que Deus lhes confiou, devem ser especialmente lembrados aqueles que, de comum acordo e com prudência, aceitam com grandeza de ânimo educar uma prole numerosa.
 
No entanto, o matrimônio não foi instituído só em ordem à procriação da prole. A própria natureza da aliança indissolúvel entre pessoas e o bem da prole exigem que o mútuo amor dos esposos se exprima convenientemente, aumente e chegue à maturidade. E por isso, mesmo que faltem os filhos, tantas vezes ardentemente desejados, o matrimônio conserva o seu valor e indissolubilidade, como comunidade e comunhão de toda a vida". [5]
 
Diz ainda, o Catecismo da Igreja Católica:
 
"A continência periódica, os métodos de regulação da natalidade baseados na auto-observação e no recurso aos períodos infecundos estão de acordo com os critérios objetivos da moralidade. Estes métodos respeitam o corpo dos esposos, animam a ternura entre eles e favorecem a educação de uma liberdade autêntica. Em compensação, é intrinsecamente má "toda ação que, ou em previsão do ato conjugal, ou durante a sua realização, ou também durante o desenvolvimento de suas conseqüências naturais, se proponha, como fim ou como meio, tornar impossível a procriação" (CIC 2370).

Importante que se ressalte que a fim de que a paternidade seja “responsável”, a decisão de evitar a união sexual durante o período fértil ou a decisão de se entregar à união sexual durante o período fértil não pode ser motivada pelo egoísmo.
 
Se um casal está em dúvida quanto às suas razões e práticas, é certamente recomendável procurar um sábio aconselhamento, de preferência com um sacerdote. Mas a responsabilidade da decisão recai, em última instância, sobre o casal.
 
Da mesma forma quando o assunto se volta para as práticas sexuais: o importante não é ficar classificando práticas (isso pode, isso não pode), mas se ter a noção do que é essencial: a abertura à vida, e a indissociabilidade dos dois fins da união sexual entre um homem e uma mulher que se amam, se respeitam,  se entregam - não usam o corpo do outro de forma egoísta para obter satisfação.
Listamos abaixo alguns tópicos que são objeto de dúvidas recorrentes entre nossos leitores, através do “fale conosco”, a fim de ajudar nossos leitores a aplicar os princípios acima abordados.
 
Sexo Oral X Carícia Oral.
 
No chamado "sexo oral", a finalização ocorre de forma e em lugar antinatural, desvirtuando o ato, dissociando o fim unitivo do procriativo, pelo que é, em si, moralmente ilícito.
Já as carícias orais são feitas com a boca no corpo do cônjuge, como preliminares. A finalização do ato, no entanto, ocorre de forma e no lugar natural. Poderão ser moralmente lícitas, se combinadas com todo o contexto da união sexual abordado anteriormente.  Tais carícias são espécie do gênero ato incompleto, que é definido pelo moralista Del Greco como segue:
 
Os atos incompletos. Podem ser, por exemplo, os atos imperfeitos de luxúria (beijos, abraços, toques, olhares, etc.), os quais dispõem os cônjuges ao ato conjugal.


a) Se se referem ao ato conjugal no sentido de constituirem preparação para este, sãpo sempre permitidos, quer no próprio corpo, quer no corpo da outra parte.

Devem, porém evitar os cônjuges que de tais atos por serem muito prolongados resulte uma polução, ainda que não voluntária.

Se a esposa com a cópula não se satisfaz plenamente, [o marido] pode procurar complementar com toques, seja imediatamente antes ou imediatamente depois do ato.[6]

Pornografia.
 
Antes de abordar diretamente o caráter imoral da pornografia, relevante mencionar que, uma vez que a sexualidade humana é facilmente 'condicionada', quando alguém se acostuma a se 'excitar' de um certo modo, com o passar do tempo, tende a necessitar desse estímulo particular. O uso constante de pornografia pelo casal tem esse efeito de reforçar a atitude de usar o corpo da outra pessoa para o próprio prazer, e não mais ver o outro como uma pessoa completa: corpo, alma e espírito. A relação pode descambar para uma espécie de sessão masturbatória em conjunto, com o corpo do outro como instrumento.
 
Além e independentemente disso, a pornografia é uma prática imoral, de vez que se vale da imoralidade alheia. Homens e Mulheres nus, relações sexuais explícitas na frente das câmeras - usando uns aos outros, sem serem casados, e, mesmo que os atores sejam casados, numa falta de pudor - são pecados. Como pode o cristão pretender excitar-se com o pecado alheio, ser indiferente ao fato de que pessoas vão para o inferno, e até mesmo realizar-se com isso?
 
O Catecismo da Igreja Católica é bem claro: “A pornografia consiste em retirar os atos sexuais, reais ou simulados, da intimidade dos parceiros, para exibi-los a terceiros, de maneira deliberada. Ela ofende a castidade, porque desnatura o ato conjugal, doação íntima dos esposos entre si. Atenta gravemente contra a dignidade daqueles que a praticam (atores, comerciantes, público), porque cada um se torna para o outro objeto de um prazer rudimentar e de um proveito ilícito. Mergulha uns e outros na ilusão de um mundo artificial. É uma falta grave. As autoridades civis devem impedir a produção e a distribuição de materiais pornográficos”. (CIC §2354).
 
Por fim, além de ser um grave pecado e levar ao vício, a pornografia intensifica a vontade de buscar só a própria satisfação, ao invés de servir a outra pessoa, indo contra a dignidade do ato conjugal.
O casal católico deve abster-se de toda e qualquer prática que atente contra a dignidade do ato conjugal. Em síntese: Uma relação sexual entre um casal casado, mas em que os cônjuges, ao invés de se unirem em uma entrega real, somente usam o corpo do outro como mero objeto e instrumento de prazer, mesmo que esteja "dentro dos conformes", ou seja, finalização do sexo da forma e no local natural, sem o uso de métodos contraceptivos, é uma mera masturbação a dois, tão ilícita quanto.
 
Como adequar a prática sexual à moral católica, no caso de uma conversão tardia? A resposta vem do Conselho Pontifício para a Família:
 
Os esposos cristãos são testemunhas do amor de Deus no mundo. Devem, portanto, estar convencidos, com a ajuda da fé e até contra a experimentada fraqueza humana, que, com a graça divina, é possível observar a vontade do Senhor na vida conjugal. O recurso freqüente e perseverante à oração, à Eucaristia e à Reconciliação é indispensável para ter o domínio de si.[7]
 
Alguns católicos decidem arriscar-se, ir bem próximo dos limites, brincar com fogo. Fica a lição bíblica:
 
“Porventura pode alguém esconder fogo em seu seio sem que suas vestes se inflamem? Pode caminhar sobre brasas sem que seus pés se queimem?” (Provérbios 6, 27-28)
 


[1] WEST, Christopher. Uma Teologia Básica do Casamento. Tradução de Fabrício Ribeiro. Disponível em : http://www.teologiadocorpo.com.br/Home/artigos/uma-teologia-basica-do-casamento
[2] Homilia na Festa da Sagrada Família, 30 de dezembro de 1988.
[3] MARIA, Julie. Conferência no I Congresso Internacional de Vida e Família (2008). Disponível em : http://pt.almas.com.mx/almaspt/artman2/publish/Teologia_do_Corpo_primeira_catequese_de_Jo_o_Paulo_II.php
[4] WEST, Christopher. Deus, Sexo e Bebês: O que a Igreja realmente ensina sobre paternidade responsável. Tradução de Fabrício Ribeiro. Disponível em: http://www.teologiadocorpo.com.br/Home/artigos/deus-sexo-e-bebes-o-que-a-igreja-realmente-ensina-sobre-paternidade-responsavel
[5] Gaudium et Spes, nº 50  - http://www.veritatis.com.br/article/2669
[6] DEL GRECO, Pe. Teodoro Torre. Manual de Teologia Moral. Ed. Paulinas, 1958, p. 748.
[7] CONSELHO PONTIFÍCIO PARA A FAMÍLIA: VADEMECUM PARA OS CONFESSORES SOBRE ALGUNS TEMAS DE MORAL RELACIONADOS COM A VIDA CONJUGAL, Nº 3, ITEM 15.
 
Fonte: TOSTA, Maite. Apostolado Veritatis Splendor: SEXUALIDADE NO MATRIMÔNIO. Disponível em http://www.veritatis.com.br/article/5992. Desde 08/09/2009