Prezados amigos e amigas,

O presente Blog, tem a finalidade de ser mais um instrumento de valorização da família.
Por isso trará sempre artigos relacionados a esse tema, abordando os diversos aspectos que envolvem a formação de uma família sadia e segundo os preceitos cristãos, além de enfocar os diversos aspectos do relacionamento familiar.
Esperamos assim, que possa servir como um meio de reflexão, ajuda e fortalecimento àquelas famílias que encontram-se em situação difícil.

Que Deus nos ajude nessa empreitada.

Pedimos ainda que a Sagrada Família abençoe e proteja a todas as famílias do mundo inteiro. Amém !

José Vicente Ucha Campos
jvucampos@gmail.com

segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

HARMONIA CONJUGAL E SEXUAL DO CASAL CRISTÃO


…Ontem nós meditamos sobre as ameaças que pairam sobre esta instituição sagrada que é a família e sabemos que se a família é ameaçada, toda a humanidade está ameaçada. Em 1994 houve uma conferência na China sobre a mulher, que foi patrocinada pela ONU e o Vaticano enviou uma delegação para participar, nessa delegação havia uma mulher como chefe, a Doutora Mary Ann Glendon, já em 1997 no Rio de Janeiro houve um congresso sobre a família e essa mesma doutora esteve presente e nos contou como ficou horrorizada com tudo o que viu e ouviu na conferência em que participou na China, e nos disse que há um movimento para destruição das famílias.
Ela falava do documento que lhe foi dado neste evento, onde haviam muitos fatores apontando a família como algo negativo, não havia nada que valorizasse a família. Então hoje nós vemos um movimento orquestrado para destruir a família, pois a família traz os valores cristãos e isso não agrada ao mundo de hoje, por isso estamos vivendo essa tentativa de destruição das famílias.
O papa Bento XVI diz bem claro, que o homem de hoje construiu um mundo que não há mais lugar para Deus, então essa cultura anti – família esta descendo sobre nós nos dias atuais, por isso torna-se cada vez mais importante que as famílias vivam bem e dêem seu testemunho. Também o papa João Paulo II quando pregou para as famílias em 2000, disse: “Casais cristãos, sejam para o mundo um sinal do amor de Deus”, o mundo deve olhar para os casais cristãos e dizer é possível viver o amor.
Hoje nós precisamos, como casais cristãos, ser para o mundo o sinal do amor de Deus, talvez você não possa falar em uma rádio ou em uma televisão, mas que você diga com a sua vida que é possível ser esse sinal do amor de Deus. O papa João Paulo II também disse para que os casais não tivessem medo da vida e que pudessem ter seus filhos, filho não é maldição ao contrário do que alguns pregam, os filhos são uma benção para um casal. Nós não podemos deixar que o secularismo tome conta de nossa mentalidade, de nosso conduta, é preciso agir contra essa mentalidade para que sejamos de fato cristãos. Precisamos imitar a Cristo, obedecer a Igreja!
Quero falar sobre a vida do casal, sobre a harmonia conjugal e sexual dos casais, um casal não tem harmonia sexual se não tiver harmonia conjugal. Eu escrevi alguns livros sobre estes temas para ajudar os casais, para que possam viver como Deus quer que vivam. A vontade de Deus para cada casal é que sejam uma só carne, de tal forma que tenham uma unidade profunda e que nada e nem ninguém tenham como separá-los. Vocês casais estão juntos ou estão unidos? Vocês tem os mesmos projetos de vida, os mesmos objetivos, ou cada um tem seus próprios projetos? O casal quando é unido não tem dois planos, dois projetos, mas eles caminham juntos, decidem juntos, um não mente para o outro, tudo é vivido as claras, não há tapeação, dissimulação, porque se houver, não é casamento.
O casamento deve ser como um parafuso e uma porca, que se encaixam direitinho, mesmo sendo diferentes. O casal não deve ser um igual ao outro, porém eles devem se complementar, formando assim uma unidade, é como o café quando misturado com o leite, não há como separar, eles são um novo produto quando unidos, não há como separar, é assim que o casal devem ser de tal forma que ninguém consiga separar os dois após a união.
O casamento é dois que se tornam um
Como conseguir essa união? Primeiro é preciso entender que há duas dimensões no casamento, a natural e a sobrenatural. Em primeiro lugar é preciso ter Deus nessa união, um casal que caminha junto na sua espiritualidade, vai a igreja, rezam juntos, esse casal não se separa, acontece a separação de um casal deste tipo entre mil, porém porque Deus os uniu, Ele mesmo se encarrega de ajudar este casal a caminharem juntos.
O papa João Paulo II em uma das vezes que veio ao Brasil disse que a passagem das Bodas de Caná quer nos dizer que onde há um casal, também esta ali Jesus e Maria ajudando para que vivam seu casamento. Quem dará o suplemento de graça a vocês casais é Deus por isso estejam em Deus, pois assim serão sinais do amor de Deus no mundo e não terão medo da vida.
Em segundo lugar o casal é a mais profunda realidade natural, não há nesta vida algo mais profundo do que a unidade entre o marido e a mulher. O Papa João Paulo II fez 127 catequeses falando sobre a teologia do corpo, e entre muitas coisas que ele disse, uma delas foi que no amor do marido e mulher nós temos a expressão do amor de Deus. Assim como na Santíssima Trindade há um amor tão profundo que a torna uma só pessoa, assim também Deus quis fazer com o casamento, com os casais.
A aliança no dedo significa também essa aliança de Deus com o povo do antigo testamento e também a nova aliança com o povo do novo testamento, por isso no livro do cântico dos cânticos Deus fala desse amor entre a pastora que é nossa alma e Deus, um amor muito forte. São Paulo diz: “maridos amai as vossas esposas como Cristo amou a Igreja”, é assim que deve ser o amor, um amor doação, onde estou voltado para o outro e não vivendo um egoísmo. Se um casal não viver de forma harmônica sua relação, não há como ter harmonia na vida sexual.
Quero dar um exemplo, o olho é algo maravilhoso, há olhos de vários tipos e cores, mas o olho fora do lugar é algo horroroso, o sexo também é assim, é algo lindo, mas o sexo vivido fora do lugar é uma desgraça, é adultério, é causa de doença, é causa de filhos órfãos de pais vivos, ninguém viverá a castidade enquanto não estiver convencido de que o sexo é para ser vivido no lugar dele, no casamento.
Muitos trazem dúvidas sobre o que é possível se viver na sexualidade do casal, e eu não encontrei algo que pudesse tirar todas as dúvidas, então fui atrás de seis padres e de Dom Beni, nosso bispo, e escrevi um livro e todos eles que leram me ajudaram a colocar neste livro um conteúdo que tira muitas dúvidas dos casais.
Perdoar e pedir perdão é um gesto de amor

Primeiro é preciso entender o sentido da vida sexual do casal. Quem deu esse prazer intenso ao sexo? Foi Deus! E Deus colocou o prazer no sexo para que o casal pudesse sentir uma pontinha daquilo que é o amor pleno de Deus. O ato sexual de um casal é a intimidade mais profunda que um ser humano pode viver aqui na terra, e Deus quis que nessa celebração de amor, naquele prazer estonteante, fosse gerada a vida.
Infelizmente muitos trazem uma mentalidade errada sobre o sexo, pensam que mesmo no casamento o sexo é algo sujo, mas não, quando o casal casado, unido pelo sacramento do matrimônio se une em um ato sexual ali acontece uma oração. Mas o ato sexual de um casal deve ser feito com amor, pois sem o amor é impossível que o casal tenha uma harmonia sexual, o prazer sexual deve ser fruto do amor que o casal vive.
O ato sexual é um vitalizante para o casal, mas se não houver o amor é diferente, se compara a um ato de prostituição. E como viver bem a harmonia conjugal para se viver bem a harmonia sexual? Um grupo de terapeutas conjugais listaram dez pontos importantes na vida do casal, vou citar este pontos.
Nunca irritar-se os dois ao mesmo tempo, assim como quando cultivamos uma flor devemos cultivar o amor conjugal. E será que eu não estou tratando mal essa flor do amor conjugal? Quando estiver irritado, o outro deve manter a calma.
E eles dizem: Nunca gritem um com outro, pois gritar machuca, ofende, e como você vai se relacionar bem com quem você gritou?
Se alguém deve ganhar em uma discussão, que seja o outro, o casal não deve discutir, mas sim dialogar, pois na discussão surge a briga e alguém sempre sai ferido. Na discussão cada um defende o seu ponto de vista, no diálogo os dois buscam o melhor para os dois, lembre-se que uma vitória na briga pode ser uma derrota no amor.
Se for inevitável chamar a atenção do outro faça com amor, este também é um ponto crítico. Chamar atenção com amor é ter sabedoria, é rezar pela pessoa pedindo a Deus para fazer da melhor forma, escolha o momento certo, não chame atenção do outro enquanto ele ainda está agitado, cuidado com as palavras que você utiliza, muito depende do jeito com que você fala, nossas palavras ferem mais que uma espada, e nunca jogue no rosto do outro os erros do passado, pois assim você retira a casca da ferida que estava cicatrizando.
A displicência com os outros é tolerável, mas não com o cônjuge, você não pode ter a falta de atenção com outro, isso fere demais ao casal, quando um chegar em casa o outro deve deixar o que for para recebê-lo, pois se não for assim você vai matar a planta do amor. Os casais chegam a uma vida insuportável porque se tratam indiferente um ao outro.
Pelo menos uma vez ao dia diga uma palavra carinhosa ao outro, diga algo que possa fazer o outro se sentir bem, pois todos nós nos sentimos bem quando elogiados. Antes de chamar atenção do outro diga de suas qualidades, faça um elogio, não chegue falando somente do negativo, isso não é ser fingido, mas é saber como lidar com o outro, é psicologia.
Nunca durmam brigados, pois se fizerem isso no outro dia o problema se tornará maior e por último, quando um não quer os dois não brigam. E vivendo isso o casal terá uma harmonia conjugal que os levará a uma harmonia sexual. Dessa forma o casal será feliz em sua vida conjugal e sexual.
Prof. Felipe Aquino
Mantido tom coloquial da pregação.
Fonte: Comunidade Shalom/Blog Carmadélio

quinta-feira, 25 de dezembro de 2014


sábado, 20 de dezembro de 2014


quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

ORAÇÃO DA FAMÍLIA DIANTE DO PRESÉPIO


ORAÇÃO DA FAMÍLIA DIANTE DO PRESÉPIO

Menino Jesus, Deus que se fez pequeno por nós, diante da cena do Teu nascimento, do presépio, estamos reunidos em família para rezar.
Mesmo que fisicamente falte alguém, em Ti estamos todos juntos.
Olhando Maria, Tua Mãe Santíssima, rezamos pelas mulheres da família, que cada uma delas acolha com amor a palavra de Deus, sem medo e sem reservas, que elas lutem pela harmonia e paz em nossa casa.
Ave Maria cheia de Graças....

Vendo Teu pai adotivo, São José, pedimos ó Menino Deus, pelos homens desta família, que eles transmitam segurança e proteção, estejam sempre atentos às necessidades mais urgentes, que saibam proteger nossos lares de tudo que não provém de Ti.
Ave Maria cheia de Graças....

Diante dos pastores e reis magos, pedimos por todos nós, para que saibamos render-Te graças, louvar-Te sempre em todas as circunstâncias, e que não nos cansemos de procurar-Te, mesmo por caminhos difíceis.
Ave Maria cheia de Graças....

Olhando as estrelas e todos os animaizinhos, nós te pedimos que derrame a graça para vivermos a harmonia com todo criado, respeitando os animais e toda a natureza, prometemos a usar responsavelmente a água, o solo e não apenas explorá-lo, respeitar a biodiversidade. 
Ave Maria cheia de graças....

Menino Jesus, contemplando Tua face serena, Teu sorriso de criança, bendizemos Tua ação em nossas vidas e rezemos por todas as Crianças de nossa família e do mundo, de modo especial, para aquelas que estão passando por qualquer tipo de privação, seja física ou espiritual. 
Ave Maria cheia de Graças....

Que nesta noite santa, possamos esquecer as discórdias, os rancores e possamos nos perdoar.
Jesus querido, abençoa nossa família, cura os enfermos que houver, cura as feridas de relacionamentos.
Fazemos hoje o propósito de nos amar mais. 
Ave Maria cheia de Graças....

Que neste Natal a benção divina recaia sobre nós. Amém!
Fonte: Dom Nelson Ferreira

CUIDADOS AO LEVANTAR SEU FILHO PELOS BRAÇOS



quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

DURÍSSIMO GOLPE CONTRA A "IDEOLOGIA DE GÊNERO" NOS PAÍSES NÓRDICOS

IDEOLOGIA DE GÊNERO

O PARADOXO DA IGUALDADE


O Conselho Intergovernamental de Cooperação Nórdico, do qual fazem parte Noruega, Suécia, Finlândia, Dinamarca e Islândia, decidiu deixar de financiar o Instituto Nórdico de Pesquisas de Gênero, o NIKK, após o jornalista, comediante e sociólogo, Harald Eia, rodar um longo, genial e devastador documentário, "Hjernevask" ("Lavagem de Cérebro"), que mostrou a manipulação e a falta de base científica da "ideologia de gênero", base "intelectual" do feminismo agressivo, a ideologia queer.

Harald estava intrigado com o fato de porque, apesar de todos os esforços dos políticos e engenheiros sociais para eliminar os "estereótipos de gênero", as garotas seguiam optando por profissões "femininas" -enfermeiras, cabeleireiras, etc.-, enquanto os homens seguiam atraídos por carreiras "masculinas" -técnicos, trabalhadores da construção civil, etc-.

As políticas de igualdade de gênero em seu país fizeram com que a tendência fosse inclusive mais acentuada. Estas políticas sempre defenderam que os sexos são papéis que se adquirem pela cultura e o meio, isto é, que não se nasce homem ou mulher, senão que se "torna".

Para seu documentário, Harald fez algumas perguntas inocentes aos principais pesquisadores e cientistas do NIKK. Depois tomou as respostas e transmitiu-as aos cientistas, líderes em sua área, em outras partes do mundo, sobretudo no Reino Unido e nos Estados Unidos, pedindo-lhes seu parecer sobre os resultados de seus pares noruegueses.

Como era de esperar, os resultados da "falsa ciência" provocaram regozijo e incredulidade entre a comunidade científica internacional, sobretudo porque se baseava em pura teoria, não apoiada por nenhuma pesquisa empírica.

Harald, após filmar essas reações, regressou a Oslo, e mostrou aos pesquisadores do Nikk. Resultou que, quando se defrontaram com a ciência empírica, os "pesquisadores de gênero" ficaram sem fala, e totalmente incapazes de defender suas teorias em relação a revisão da realidade.

A falsidade foi exposta ao ridículo diante de toda a audiência de televisão e as pessoas começaram a perguntar por que era necessário financiar, com 56 milhões de euros do dinheiro dos contribuintes, uma ideologia baseada em pesquisa que não tinha credenciais científicas em nenhum lugar.




Com essa pesquisa feita pelo jornalista e sociólogo Harald Eia, confirma-se a situação de que a tentativa de implantação da tão famigerada "ideologia do gênero" só interessa a grupos minoritários específicos, mas que infiltrados em governos e com grande capacidade de manipulação da mídia, conseguem criar grande agitação em torno do tema e consequentemente têm grande expectativas de verem tal ideologia implantada nos países mundo a fora. Esses grupos têm grande habilidade inclusive para encobrirem seus verdadeiros interesses escusos, manipulando uma parte da sociedade que se sente discriminada, e assim conseguem seus objetivos.

É um absurdo a tentativa desses grupos de implantarem tal ideologia, forçando uma situação que já vem definida por Deus desde a nossa criação, como homem ou mulher.
Se os objetivos desses grupos fosse algo nobre ou de importância para a sociedade como um todo, deveriam eles é se incomodar e se inconformar, com por exemplo, a fome que passam centenas de milhões de pessoas no mundo todo.

Está na hora das pessoas de bem começarem a rebarbar essas tentativas esdrúxulas de alterar a natureza das pessoas criadas por Deus. E, queiram eles ou não,todos nós fomos criados por Deus, à sua imagem e semelhança. 

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

VÍCIO EM PORNOGRAFIA: UMA CATÁSTROFE SILENCIOSA NA VIDA DOS VICIADOS E DAS SUAS FAMÍLIAS



Em plena semana de Natal, o seu amor verdadeiro manda para você... três aplicativos pornográficos e vários vídeos de sexo em alta resolução. A situação não é tão forçada quanto você pode imaginar. O dia do ano em que um dos mais populares sites de pornografia da internet recebe mais acessos é 27 de dezembro, de acordo com as informações do próprio site.
 
Boa parte dos adultos ainda considera o consumo de conteúdo pornográfico moralmente inaceitável, mas não há consenso sobre o que pode ser feito para restringir com mais severidade o acesso à pornografia na internet.

A Igreja católica mantém uma posição firme quanto ao assunto: a pornografia é uma ofensa grave contra a dignidade da pessoa humana e as autoridades civis devem impedir a produção e a distribuição de material pornográfico (cf. Catecismo, nº 2354).
 
Nos Estados Unidos, o bispo dom Paul S. Loverde, da diocese de Arlington, no Estado da Virgínia, tem sido um dos líderes mais destacados na luta contra a pornografia. Ainda em 2006, ele escreveu a carta pastoral "Um preço a pagar: o dever de todo homem de proteger a si mesmo e a sua família da cultura pornográfica". A carta, de 80 páginas, foi reeditada e atualizada em março deste ano. Em 5 de dezembro, a organização sem fins lucrativos Morality in Media [Moralidade na Mídia] nomeou Loverde como seu conselheiro.
 
Aos 74 anos, o bispo conta que lhe apresentam contínuas objeções à condenação da pornografia por parte da Igreja. "Isso é só uma visão religiosa", dizem-lhe muitas pessoas. Loverde discorda: "Não. A oposição da Igreja se baseia em estudos muito sérios da psicologia. A ciência mostra o que a pornografia faz no cérebro humano. Por que prejudicar o nosso cérebro com uma droga?".
 
O bispo levanta um ponto importante. De acordo com o site YourBrainonPorn.com, assistir a conteúdos pornográficos libera uma carga de dopamina no cérebro humano que leva o espectador a sentir prazer e continuar assistindo. Pesquisadores descobriram que a pornografia pode agir de maneira semelhante a uma droga como a cocaína ou a heroína. "O que sabemos até o momento nos indica que existe uma rede comum entre a reatividade à propensão sexual e à propensão às drogas em grupos com comportamento sexual compulsivo e dependência de drogas, respectivamente. Estas descobertas sugerem sobreposições nas redes subjacentes aos distúrbios do consumo patológico de drogas e de recompensas naturais", informa um estudo publicado pela revista acadêmica da Universidade de Cambridge.
 
A ideia de que a pornografia seja semelhante a uma droga não é uniforme entre os psicólogos. Segundo alguns estudos, os consumidores ocasionais de pornografia não apresentam diferenças no cérebro em comparação com os chamados viciados em sexo. "Os problemas e queixas relatados pelas pessoas auto identificadas como dependentes de pornografia e de sexo têm a ver com o contexto em que esses indivíduos estão dando vazão à sua alta libido, e não com um distúrbio em particular", escreveu o psicólogo clínico David J. Ley na Psychology Today, em 2013.
 
lucro anual da indústria de filmes adultos é de 10 a 12 bilhões de dólares só nos Estados Unidos. Embora a queda nas vendas de DVDs tenha reduzido os lucros dessa indústria, a pornografia é hoje mais acessível e mais explícita do que nunca. Se antes os homens tinham que ir a cinemas pornô, agora basta ter um computador, um tablet ou um smartphone.
 
A visão de que a pornografia já faz parte da cultura não é novidade; a mídia destaca com frequência a crescente aceitação da pornografia. Mas há o outro lado da história: se a pornografia se tornou mais popular, a reação contra ela também vem crescendo. E com um fato que chama a atenção: há 30 ou 40 anos, quem mais acusava a pornografia de degradar as mulheres eram as ativistas do sexo feminino; hoje, são os ativistas do sexo masculino os que afirmam que a pornografia prejudica os homens.

O site YourBrainOnPorn.com é um dos principais defensores da tese de que a pornografia representa um perigo para a saúde pública. Escritores como Brett McKay, fundador e editor do site Art of Manliness [Arte da Masculinidade], argumentam que a pornografia está mais para "junk food sexual" do que para vício. E há também o crescente movimento "No Fap", em redes sociais como Reddit e YouTube, cujo nome usa um eufemismo em inglês para a masturbação; o movimento afirma que a pornografia esgota emocional e psicologicamente os homens e os deixa menos propensos a estabelecer um relacionamento amoroso com uma mulher.
 
No âmbito da Igreja, o bispo norte-americano Loverde tem feito declarações abertas sobre os perigos espirituais da pornografia, fenômeno que ele compara a uma praga "que se estende muito além dos limites da igreja ou da escola (...) As vítimas dessa praga são incontáveis. Hoje, talvez mais do que em qualquer outra época, o mal da pornografia distorce o dom da visão do homem e, portanto, também a sua visão de Deus".
 
Durante uma conversa de 22 minutos por telefone com a Aleteia, dom Loverde falou dos perigos da pornografia para homens e mulheres, para o casamento e para a vida familiar. Ele observou, por exemplo, que, nos pedidos de anulação matrimonial apresentados na sua diocese, a pornografia é citada como uma das razões em 58% dos casos.

A carta pastoral de Loverde sobre a questão traz uma longa citação do apologista cristão britânico C.S. Lewis. Ao conversar com Aleteia, dom Loverde acrescentou que pensa em publicar no YouTube um vídeo complementar à carta.

Confira alguns trechos da nossa conversa com o bispo:
 
Por que o senhor voltou a publicar a carta pastoral sobre a pornografia?
 
Dom Loverde: Uma das razões é que nós queríamos atualizá-la e torná-la mais acessível às pessoas. O flagelo da pornografia piorou ao longo desses anos. Ele está engolindo toda a sociedade e arruinando relacionamentos.
 
Os católicos que se opõem à pornografia são vistos como puritanos, não?
 
Dom Loverde: Sim. Uma das razões pelas quais nós, cristãos em geral e católicos em particular, nos opomos à pornografia é a elevada visão que temos da sexualidade humana. Dizem que nós odiamos sexo e odiamos o corpo, mas a verdade é o contrário: nós entendemos a beleza do sexo.
 
O senhor escreveu que a pornografia não é como o álcool, que pode ser consumido com moderação. Por que a pornografia é diferente?
 
Dom Loverde: O álcool “pode ser” viciante. A pornografia “é”. Os cientistas dizem isso. A pornografia muda o cérebro. Ela degrada as pessoas. As pessoas são reduzidas aos seus comportamentos e acabam ficando insensíveis à própria pornografia. Elas querem mais e mais e mais.
 
Muitos sacerdotes dizem que os homens, na confissão, relatam o consumo de pornografia. Isso tem relação com a decisão que o senhor tomou de fazer uma campanha contra a pornografia?
 
Dom Loverde: Eu conversei com muitos sacerdotes e é verdade que, na confissão, a pornografia é muito mencionada pelos homens. E esses homens sofrem. Eu vejo os efeitos devastadores da pornografia na vida dos casais. E digo, como pastor, que as pessoas precisam acordar. As pessoas compraram uma ideia de que “bom, isso é um problema pessoal que tem a ver com os filhos dos outros”. Mas os pais precisam acordar e ver o quanto isso é pernicioso.
 
O senhor já pediu que os párocos alertassem nas homilias contra a pornografia?
 
Dom Loverde: Nós falamos sobre o tema. Eu sou membro da Aliança Religiosa Contra a Pornografia. É um grupo ecumênico e inter-religioso. Às vezes trazemos alguém para conversar com os nossos sacerdotes sobre este problema. Vários não sabem da ligação entre a pornografia e o tráfico de seres humanos; por isso, também convidamos um investigador para expor este assunto.

O que os políticos e as autoridades civis podem fazer, de maneira realista, para restringir a pornografia?
 
Dom Loverde: Bom, eu acho que os cidadãos apoiam as restrições, mas não estão cientes delas. Nós estamos lutando contra uma indústria. Grupos locais são valiosos; eles são bons nas suas jurisdições. Os nossos cidadãos precisam se envolver mais nesta questão. Eu acho que as pessoas não pensam o bastante sobre isso; não é algo em que as pessoas pensem. Eu abordo isso nas igrejas e as pessoas dizem “Ah, isso é só uma visão religiosa”. Não! Isso é um estudo muito sério da psicologia. Por que prejudicar o nosso cérebro com uma droga?
 
O senhor já viu alguma boa campanha contra a pornografia?
 
Dom Loverde: A Aliança Religiosa Contra a Pornografia é boa. Precisamos acordar as pessoas. Existe esperança, mas tem muita coisa que precisa ser feita. Como Igreja, nós temos que ser como um hospital de campanha, como diz o papa Francisco, e ajudar as pessoas.
 
A pornografia não pode ser vista como uma ajuda marital?
 
Dom Loverde: Eu já ouvi isso. A pornografia é degradante. Ela reduz as pessoas a coisas. As pessoas não são amadas na sua integralidade, não são dignificadas e não existe intimidade real com a pornografia.
(Por: Mark Stricherz)

Fonte: Aleteia

FAMÍLIA - PROJETO ORIGINAL DE DEUS!


Por: Pe. Léo (Bethânia / Canção Nova)


segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

60 PARLAMENTARES DE 20 PAÍSES ADOTAM A DECLARAÇÃO PRÓ-FAMÍLIA NA ONU

American Life League

A Cúpula Transatlântica de 2014 [2014 Transatlantic Summit], organizada pela recém-formada Rede Política pelos Valores [Political Network for Values], reuniu legisladores pró-vida e pró-família de quatro continentes para reconhecer e reforçar o papel da família no desenvolvimento sustentável.

Programada para celebrar o 20º aniversário do Ano Internacional da Família, a cúpula das Nações Unidas pretendia "enviar uma mensagem de esperança ao mundo" e "aumentar a consciência sobre o papel essencial da família e dos seus valores entre os responsáveis pelas decisões políticas".

"Nunca antes houve tantos líderes políticos trabalhando em conjunto para apoiar o casamento e as políticas da família em seus países de origem", disse Lola Velarde, diretora do Instituto de Política Familiar e organizadora do evento, em conversa com a Aleteia. "Isto poderá levar à implementação de melhores políticas familiares nos níveis locais".

Um dos palestrantes, Zoltan Balog, ministro húngaro de Capacidades Humanas, disse aos participantes que "a família é o recurso nacional mais importante da Hungria". Balog afirmou que o país está comprometido com o casamento entre um homem e uma mulher, por ser esta a melhor estrutura para o desenvolvimento das crianças.

O ministro declarou ainda que a Hungria está trabalhando para defender a pessoalidade de todo ser humano desde a concepção e citou a nova constituição do país, que afirma: "A dignidade humana é inviolável. O feto deve ser protegido desde o momento da concepção".

Entre os palestrantes, políticos como o norte-americano Jeff Fortenberry e o colombiano Oscar Zuluaga descreveram como as suas campanhas enfatizaram o papel da família.

A professora Helen Alvare, da Universidade George Mason, denunciou algumas organizações autoproclamadas "defensoras dos direitos das mulheres" por se concentrarem apenas na expansão do acesso ao aborto e ao controle de natalidade. Ela apontou a contradição em que essas organizações caem ao exigirem concessões para a vida familiar das mulheres e, ao mesmo tempo, afirmarem que a família é um fardo econômico para elas. "A peça central da liberdade econômica das mulheres não é o sexo sem bebês", comentou Alvare. "Se um governo afirma que valoriza as pessoas, ele tem que priorizar a família. E, para priorizar a família, ele tem que priorizar a expressão sexual procriadora".

No encerramento da reunião, os idealizadores de políticas públicas de vários países, entre os quais a Eslováquia, o México, o Quênia, o Chile, a Espanha, o Catar e os Estados Unidos, divulgaram uma declaração sobre os seus valores comuns dirigida ao Secretário Geral das Nações Unidas, compartilhando a preocupação em garantir que a família seja fortalecida como um motor do desenvolvimento.

A Declaração sobre os Direitos da Família afirma que "a família é o elemento natural e fundamental da sociedade" e que "todos têm o direito inerente à vida, a partir do momento da concepção até a morte natural".

"Esta é a primeira vez que tantos líderes políticos, sociais e acadêmicos se reúnem na ONU para fortalecer a família", reforça Velarde. "Foi muito importante que a Declaração sobre os Direitos da Família, assinada por mais de 200 representantes eleitos, tenha sido entregue ao secretário geral, porque a família precisa ser incluída na agenda pós-2015".

A Organização das Nações Unidas está finalizando a elaboração dos seus Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, uma série de metas que deverão substituir os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio como guia de prioridades para o desenvolvimento das nações. O projeto contém 17 metas, mas nenhuma que mencione a família.

Stefano Gennarini, analista de assuntos jurídicos do Instituto da Família e dos Direitos Humanos, lembrou que, durante as negociações sobre o projeto, várias delegações pediram que qualquer menção à família fosse excluída dos objetivos propostos.

Os observadores junto à Organização das Nações Unidas consideram que a adoção dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável é o mais importante processo da ONU que abrange questões de casamento e aborto desde a Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento, realizada em 1994.

A Rede Política pelos Valores espera que a Cúpula Transatlântica de 2014 incentive as Nações Unidas a se lembrar da família em seu plano para o desenvolvimento sustentável. As negociações sobre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável serão retomadas em janeiro.

Fonte: Aleteia

VATICANO ENVIA PERGUNTAS PARA UMA "AMPLA CONSULTA" ENTRE OS CATÓLICOS DE TODO O MUNDO EM VISTA DO SÍNODO ORDINÁRIO DA FAMÍLIA DE 2015


Vaticano publicou essa semana 46 perguntas que a Secretaria Geral do Sínodo dos Bispos enviará a todas as conferências episcopais para realizar uma “ampla consulta” entre os católicos de todo o mundo em vista do sínodo ordinário que se desenvolverá em 2015, o segundo, após aquele extraordinário de outubro passado, dedicado, por vontade do Papa Francisco, ao tema da FAMÍLIA.
As perguntas, junto ao relatório final da sessão extraordinária (relatio synodi), são as diretrizes, ou seja, o documento preparatório da sessão do próximo ano. O objetivo das novas perguntas (o comunicado do organismo vaticano conduzido pelo cardeal Lorenzo Baldisseri evita utilizar o termo “questionário” que foi utilizado em novembro de 2013, para as perguntas enviadas em vista do próximo sínodo), é facilitar “a recepção” da relatio synodi e “o aprofundamento dos temas nele tratados”, não excluídos aqueles – os divorciados redesposados e a homossexualidade – que não obtiveram os dois terços no sínodo de outubro passado.
As perguntas “pretendem facilitar o devido realismo na reflexão de cada episcopado – lê-se no documento publicado hoje em italiano que será enviado nos próximos dias nas várias línguas às conferências episcopais – evitando que suas respostas possam ser fornecidas segundo esquemas e perspectivas próprias de uma pastoral meramente aplicativa da doutrina, que não respeitaria as conclusões da Assembléia sinodal extraordinária, e afastaria sua reflexão do caminho agora traçado”.
O documento, que cita amplamente a constituição do Concílio Vaticano II Gaudium et Spes e a exortação apostólica do Papa Francisco Evangelii Gaudium, parte de uma “pergunta prévia”:A descrição da realidade da família presente na relatio synodi corresponde a quanto se releva na Igreja e na sociedade de hoje? Que aspectos ausentes se podem integrar?”.
As questões, segundo o escaneamento da relatio synodi, começando pelo “contexto e os desafios das famílias”, para depois passar ao ‘Evangelho da família” (“Quais são as iniciativas para fazer compreender o valor do matrimônio indissolúvel e fecundo como caminho de plena realização pessoal?” é a pergunta número 17), secção que conclui sublinhando que “após haver considerado dos matrimônios exitosos e das famílias sólidas, e ter apreciado o testemunho generoso daqueles que permaneceram fiéis ao vínculo, embora tendo sido abandonados pelo cônjuge, os pastores reunidos no Sínodo se questionaram – de modo aberto e corajoso, mas não sem preocupação e cautela – que olhar deve dirigir a Igreja aos católicos que estão unidos somente com o vínculo civil, àqueles que ainda convivem e àqueles que após um matrimônio válido se divorciaram e redesposaram civilmente” (“Como ajudar a entender que ninguém é excluído da misericórdia de Deus e como exprimir esta verdade na ação pastoral da Igreja com as famílias, em particular aquelas feridas e frágeis?, a pergunta 20).
O documento passa depois, em resenha, na terceira e última parte, as “perspectivas pastorais”, sublinhando que “é importante deixar-se guiar pela virada pastoral que o Sínodo Extraordinário começou a delinear, radicando-se no Vaticano II e no magistério do Papa Francisco. Compete às Conferências Episcopais continuar a aprofundá-la, envolvendo, na maneira mais oportuna, todos os componentes eclesiais, caracterizando-a no seu específico contexto. É necessário fazer de tudo para que não se recomece do zero, mas se assuma o caminho já feito pelo Sínodo Extraordinário como ponto de partida”.
Entre as várias perguntas, também aquelas relativas ao parágrafo 52 (debate sobre a comunhão aos divorciados redesposados) e 55 (homossexualidade) que, junto ao n. 53 (comunhão espiritual), não obtiveram o quorum de dois terços em outubro: “A pastoral sacramental referente aos divorciados redesposados necessita de um ulterior aprofundamento, avaliando também a práxis ortodoxa e tendo presente “a distinção entre situação objetiva de pecado e circunstâncias atenuantes” (n.52).
Quais as perspectivas nas quais mover-se? Quais os passos possíveis? Que sugestões para obviar a formas de impedimento não devidas ou não necessárias?”, é a pergunta 38.
“De que modo a comunidade cristã dirige sua atenção pastoral às famílias que têm no seu interior pessoas com tendência homossexual? Evitando toda injusta discriminação, de que modo incumbir-se das pessoas em tais situações à luz do Evangelho? Como propor-lhes as exigências da vontade de Deus sobre sua situação?” é a pergunta n. 40.
Entre os outros quesitos, também aqueles relativos ao tema da vida, estando incluída a interrupção da gravidez“Como a Igreja combate a chaga do aborto promovendo uma eficaz cultura da vida?”, pergunta 44) e a contracepção (pergunta 41 sobre a Humanae Vitae e o diálogo com a ciência).
Os resultados da consulta “deverão ser enviados à Secretaria Geral do Sínodo dos Bispos até 15 de abril de 2015, de modo a poderem ser estudados e valorizados na preparação do Instrumentum laboris que deverá ser publicado antes do verão” [europeu]. Precisamente hoje, aliás, saiu, aos cuidados do padre Antonio Spadaro, o livro “La famiglia e il futuro” com todos os documentos do sínodo extraordinário. “A família é a comunidade de amor na qual cada pessoa aprende a relacionar-se com os outros e com o mundo”, escreveu hoje o Papa no Twitter.
Jacopo Scaramuzzi, publicado por La Stampa-Vatican Insider,
Fonte: Comunidade Shalom/Blog Carmadélio

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014


quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

ACONSELHAMENTO FAMILIAR TEM AJUDADO CASAIS A SUPERAR DIFICULDADES NO RELACIONAMENTO


Acolher, escutar e esclarecer, com descrição e no sigilo. É este o compromisso do Serviço de Aconselhamento Familiar (SAF) implantado há quase um ano na arquidiocese de Florianópolis (SC). Com a ajuda de casais voluntários, o grupo presta atendimento gratuito a famílias que passam por dificuldades no relacionamento conjugal e familiar. O atendimento ocorre de segunda a quinta-feira, com horário agendado, na sede do SAF instalada na catedral metropolitana.
Os casais voluntários que oferecem atendimento recebem formação de quatro meses. São capacitados sobre diferentes temas que vão da teologia e psicologia do matrimônio até assuntos ligados à bioética, moral sexual, métodos naturais de controle de natalidade e Direito Canônico. Hoje, atuam no Serviço 34 voluntários formados pelo Curso de Extensão em Aconselhamento Familiar (CEVF).
Apoio às famílias
O Serviço de Aconselhamento Familiar é um projeto idealizado pela Comissão arquidiocesana de Vida e Família, por iniciativa do arcebispo local, dom Wilson Tadeu Jonck. Em abril de 2013, tiveram início os trabalhos, a partir do Curso de Formação com a coordenação de padre Hélio Luciano e a participação de mais de 30 casais de movimentos, pastorais e paróquias.
O casal coordenador do SAF, Mario Prisco Paraíso e Sarita, relata que nos primeiros meses da atividade, diversas famílias foram atendidas, com resultados positivos. Outro fator constatado é que o Serviço tem ajudado, além de diferentes conflitos familiares, casais em fase de separação a retomaram o relacionamento de forma mais equilibrada.
"As pessoas saem dos atendimentos mais felizes e buscando em Deus a força necessária para prosseguirem as suas caminhadas. Os principais relatos são de problemas conjugais; vícios de álcool e outras drogas; divergências sobre valores morais e religiosos; desemprego e dificuldade de sustentar a família; além da falta de diálogo e isolamento dentro do próprio lar", explicam Mario e Sarita. Os coordenadores comentam que a maior procura nos atendimentos é por pessoas com dificuldades no relacionamento familiar e conjugal que desejam ser ouvidas e acolhidas. Com isso, tem minimizado o número de divórcios na comunidade.
Formando voluntários
Com o sucesso da atividade, a Comissão Arquidiocesana para a Vida e a Família (CAVF), em parceria com a Faculdade Católica de Santa Catarina (FACASC) criou o Curso de Extensão em Aconselhamento Familiar, com aulas gratuitas, num total de 60 horas. A formação conta com assessoria de professores mestres e doutores, especialistas, médicos, teólogos, que ministram as disciplinas como "Panorama da família", "Teologia do matrimônio", "Moral sexual e bioética", "Métodos Naturais de controle de natalidade", "Formação Espiritual para a família", "Pós-matrimônio e crises conjugais", "Bioética", entre outras abordagens.
De acordo com o casal coordenador da CAVF, Eluiza e Nilo Momm, a Comissão arquidiocesana para a Vida e a Família pretende implantar um escritório de Aconselhamento Familiar em todas as comarcas da arquidiocese de Florianópolis, por isso, a necessidade de formar mais voluntários para o atendimento das famílias. "O curso proporciona esta formação específica garantindo, assim, uniformidade de conhecimentos", explica a coordenação.
Contato:
Serviço de Aconselhamento Familiar (SAF)
Atendimento: de segunda a quinta-feira, das 9h às 20h (com agendamento).
Local: Catedral Metropolitana
Contato: (48) 3224.3357
Fonte: Pastoral Familiar

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

FILHOS NÃO SÃO PROPRIEDADES DOS PAIS


Sabem meus amigos, ao contrário de alguns pais que são totalmente relapsos com seus filhos, não se preocupando com eles em relação a nada que lhes diga respeito, existem alguns outros, que se sentem donos de seus filhos. Isso tem dois lados a serem analisados. Um bom, pois pode demonstrar preocupação para com seus filhos. Preocupação essa que às vezes é exagerada, levando seus filhos a serem mantidos em verdadeiras prisões e longe da realidade da vida, não entendendo esses pais que um dia seus filhos terão que encarar o mundo e talvez não estejam preparados para tal e podem se machucar seriamente.

O outro lado é daqueles pais que usam essa desculpa para agirem com seus filhos como verdadeiros ditadores, e têm seus filhos como se fossem seus escravos. Acham que só eles são os donos da verdade e que a função dos filhos é servir e atender aos pais, mesmo quando estão errados. Têm uma maneira de pensar, na qual acham que os filhos não podem questionar seus pais. E que os pais jamais devem pedir desculpas aos filhos.

Pais desse tipo são verdadeiros ditadores e nunca se dignam a conversar com seus filhos sobre nada, pois isso seria uma demonstração de fraqueza suas e poria em risco a sua autoridade sobre eles.

Eu me lembro de uma vez em que eu e a minha esposa estávamos dando uma palestra para jovens, sobre família e relacionamento entre pais e filhos, quando ao final da palestra, um rapaz que devia ter uns 20 ou 22 anos, chegou-se até nós e pôs-se a chorar e nos confidenciou que seu pai nunca tinha conversado com ele sobre qualquer assunto que não fosse para lhe dar alguma ordem ou fazer alguma reclamação. E ele emocionado nos disse que sentia falta de conversar com seu pai, de ter o seu carinho, a sua amizade. Dizia ainda, que seu pai nunca o tinha questionado, depois que se tornou adulto, aonde tinha ido, com quem ia sair ou saiu, por que voltou a tal hora, etc. E que ele também sentia falta disso, pois no seu entender, e estava certo, isso demonstraria que seu pai tinha cuidado com ele e estava preocupado com ele. Ou seja, poderia ser uma pequena demonstração de amor de seu pai por ele, já que outras demonstrações de amor não existiam.

Nesses casos nós sempre levamos o jovem a entender que às vezes está em suas próprias mãos tomar a iniciativa para quebrar essa barreira construída pelos pais com relação aos filhos.

Tem pais que têm medo ou vergonha de dizerem que amam seus filhos, têm medo de acariciá-los, de beijá-los.

Aí só tem um jeito; os filhos devem tomar a iniciativa, e irem quebrando gradativamente essa barreira.

Se os pais entendessem que criam seus filhos não para si, mas para Deus, isso provavelmente não aconteceria. Pois nem esse tipo de comportamento, nem nenhum outro é adequado para se cuidar de alguém que pertence a Deus, como todos nós pertencemos, e nossos filhos idem.

Essa experiência verdadeira de que nossos filhos devem ser criados para Deus, foi muito marcante na minha vida e da minha esposa. E se deu de maneira muito dolorosa.

Foi quando há anos atrás, a nossa filha teve um problema grave de saúde, que nos deixou em determinado momento meio desnorteados.

Num dia pela manhã, nossa filha, ainda com quatro anos, acordou com dor de garganta. Reclamou conosco e eu fui olhar a sua garganta. Havia somente um ponto pequeno que parecia estar inflamado. Mas, como somos preocupados por natureza, não a deixamos ir à escola e eu a levei ao pediatra. O médico então receitou a medicação cabível e nos liberou.

Uns dois dias depois, nossa filha amanheceu reclamando muito de uma dor na articulação do pé direito.

Levei-a, naquele mesmo dia, de novo ao pediatra. O mesmo não vendo nada aparentemente, mas, como ela afirmava que estava doendo, indicou um exame de raio X. Fizemos o exame e voltamos ao médico. O mesmo continuou a não ver nada demais e receitou outros remédios para minha filha, inclusive para aliviar a dor, caso continuasse a sentí-la.

No dia seguinte, era um sábado, e mais uma vez minha filha amanheceu reclamando da dor no pé; só que agora chorando muito.

Procurei o pediatra novamente, que me aconselhou a procurar um ortopedista em outro bairro. Voltei então para casa e como precaução ligamos para o ortopedista, que estava já do lado de fora de sua clínica, fechando a porta, quando escutou o telefone tocar. Abriu novamente a porta e atendeu ao telefone (só pode ter sido a ação de Deus. Vocês vão perceber o porque estou falando isso).

Quando chegamos a clínica, o ortopedista nos atendeu e imediatamente tirou uma nova radiografia do pé da nossa filha e mandou que fizéssemos de imediato uma ressonância magnética do seu pé e queria o resultado ainda naquele dia. Naquele tempo (há uns 20 anos atrás), normalmente levava de cinco a dez dias para se pegar o resultado de um exame desses.

Fomos, eu, minha esposa e nossa filha, para a clínica onde seria feito o exame, num bairro distante de onde estávamos. Chegando lá, conversamos com os médicos que fariam o exame, da nossa urgência em ter o resultado. Vendo eles o nosso desespero, nos entregaram o resultado duas horas depois.

Voltamos apressadamente para a clínica do ortopedista que tinha nos atendido e o mesmo ao ver o exame, informou-nos que nossa filha tinha uma doença chamada osteomielite e que ele já desconfiava pela radiografia que tinha tirado, mas que precisava confirmar com a ressonância, o que havia acontecido, e que ele operaria nossa filha imediatamente e que já havia inclusive reservado uma sala de cirurgia num hospital próximo. Ficamos perplexos e sem saber o que dizer ou fazer. Não nos restava outra alternativa, a não ser seguir a orientação do ortopedista.

A nossa filha foi operada, então, ainda naquele dia. Após a cirurgia, permaneceu hospitalizada, tomando uma quantidade maciça de antibióticos, de diversas formas.

Dois dias depois daquela cirurgia, o ortopedista que a havia operado, informou-nos que a levaria para fazer uma radiografia, para verificar como estava a situação do seu pezinho. Fomos juntos e ela tirou a radiografia, ainda na maca.

Mais tarde, naquele mesmo dia, o ortopedista aparece novamente no quarto da nossa filha e para nossa surpresa e desespero, nos informa que ela teria que ser operada novamente e em regime de urgência, pois a bactéria que havia se instalado no seu pezinho, estava agora, instalada em outro lugar da sua perna.

Nesse momento, perdi o controle e segurando o médico pelo colarinho do seu jaleco, cheguei a tirá-lo do chão, perguntando entre gritos e lágrimas se minha filha ia morrer e o que estava acontecendo com ela.

Ele meio surpreso e também atônito, informou-nos que a situação era grave e que nossa filha corria o risco de ter a tal bactéria circulando por todo o seu corpo e que poderia se instalar em outra parte qualquer, num órgão, tal como o coração e pior, poderia tomar todo o seu corpo e ela morreria por septicemia .

As enfermeiras, chegaram então com a maca, para levar novamente nossa filha para a sala de cirurgia e via-se em seus rostos lágrimas rolarem, pois já tinham se apegado a nossa filha, que era muito meiga e que não reclamava das diversas injeções que tomava por dia, dos remédios, etc.

Quando tentamos colocar nossa filha na maca, pela primeira vez, ela refutou e me pediu chorando baixinho, que ela não queria ir de maca e me pediu para que eu a levasse no colo.

Foi quando então, a peguei com todo o carinho desse mundo e chorando copiosamente, comecei a caminhar em direção a sala de cirurgia. O corredor entre o quarto onde estávamos e a sala de cirurgia era muito extenso e em todo o seu trajeto, segurando minha filha nos braços e chorando sobre ela eu fui em silêncio, conversando com Deus. Em determinado momento, entreguei a minha filha a Deus, lembrando-me de Abraão, do Antigo Testamento, que ofereceu a Deus o seu próprio filho Isaac.

Disse naquele momento: “Senhor, a minha filha já não é mais minha, mas sua, fazei dela o que for de sua vontade.”

A partir daquele momento de muito sofrimento para todos nós, passei a compreender que os filhos não são propriedades dos pais, mas sim, são antes de tudo, filhos de Deus, que nos são confiados, para que cuidemos deles, os eduquemos, os protejamos e os encaminhemos pelos caminhos do bem e da justiça; tudo isso para Deus.

E se assim pensássemos o tempo todo, muitos pais não abandonariam seus filhos, pois não são seus, mas de Deus.

Muitos outros não explorariam seus filhos, muitos não os tratariam com arrogância e intolerância e outros tantos ainda, não os desprezariam, nem os humilhariam. Pois são todos filhos legítimos de Deus.

Como mais uma grande graça de Deus, entre tantas outras que recebemos, a nossa filha, depois dessa segunda cirurgia, nunca mais apresentou qualquer problema relativo ao acontecido, sendo acompanhada com exames constantes e periódicos, durante os dois anos seguintes.

É pais...cuidem com carinho de seus filhos. Eles são as sementes de amor que Deus nos deu e para as quais precisamos plantar, regar, cuidar, para que depois, possam florescer e dar frutos para o Reino de Deus ainda aqui na Terra. Essa é a nossa missão. 

Esse é o nosso sacerdócio e a nossa vocação: Cuidar dos filhos que Deus nos deu, para Ele, e agradecer sempre por nos ter confiado tão sublime missão.
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Do Livro "Filhos, Presentes Especiais de Deus"
Por José Vicente Ucha Campos