JOGO DA BALEIA AZUL - O QUE É? QUAIS OS RISCOS PARA O SEU FILHO(A)?
Um jogo mortal vem ganhando popularidade
e chamando a atenção de todos na Internet e no Mundo, o denominado Baleia Azul
(Blue Whale). Um grupo oriundo da Rússia, conhecido como “#F57”, está sendo
investigado devido à suspeita de que, com seu jogo Baleia Azul, já teria
induzido mais de 130 jovens, predominantemente na Europa, a cometerem suicídio
desde 2015.
Recentemente, no Brasil, a imprensa
divulgou que uma jovem de 16 anos, de Vila Rica/MT, cometeu suicídio, além de
um menino de 19 anos, de Pará de Minas/MG, ambas as mortes atribuídas ao jogo
Baleia Azul. Na Paraíba e no Rio de Janeiro já estão em andamento investigações
referentes à recente popularização deste game criminoso.
Isto se transformou em um problema
mundial. Na França, Inglaterra e Romênia as escolas têm feito comunicados
alertando as famílias de seus alunos para terem especial atenção com este jogo
e comportamento de seus filhos.
Tudo se inicia com um convite para a
página privada e secreta deste grupo “#F57” no Facebook, e nela um instrutor
passa alguns desafios aos seus novos jogadores. A partir de então, o que parece
um jogo inocente, torna-se macabro e mortal.
No total, são propostos 50 desafios,
tais como: escrever com uma navalha o nome daquele grupo na palma da mão,
cortar o próprio lábio, desenhar uma baleia em seu corpo com uma faca, até
chegar ao desafio final, que ordena tirar a própria vida.
Um dado preocupante é que, após a vítima
iniciar os desafios, ela não poderá desistir. Dizem alguns participantes, que
caso pretendam desistir, são ameaçados pelos administradores do game, pois se
deve ir até o desafio final.
Não há dúvida que esse jogo preocupante
e mortal é contrário ao nosso ordenamento jurídico, e fica claro que a conduta
dos responsáveis é criminosa.
O crime cometido pelos criadores e
administradores é de induzimento ou instigação ao suicídio, podendo ser
extensivo a qualquer um que convide ou compartilhe para outra pessoa jogar.
Este ilícito se consuma quando o jogador (convidado) realiza o desafio final de
tirar a própria vida. O tipo penal é o previsto no artigo 122 do Código Penal brasileiro,
de induzimento, instigação ou auxílio a suicídio, com pena prevista de reclusão
de dois a seis anos, podendo a pena ser duplicada caso a vítima seja menor de
18 anos (situação predominante dentre as vítimas deste jogo).
No que diz respeito à conduta do
instrutor do jogo, o qual conduz a vítima durante as tarefas, em razão de seu
auxílio ao participante a cometer o suicídio, também está sujeito à punição
prevista no artigo 122 do Código Penal, caso o jogador cumpra o desafio final
com êxito.
Além disso, se jogador desistir e
efetivamente sofrer ameaças, o autor destas comete o crime previsto no artigo
147, também do Código Penal, que estabelece: “Ameaçar alguém, por palavra,
escrito ou gesto, ou qualquer outro meio simbólico, de causar-lhe mal injusto e
grave. Pena: detenção de um a seis meses ou multa”.
Já no caso da vítima (suicida), tanto
para o suicídio consumado ou tentado, não existe a previsão legal para sua
responsabilização, pois a conduta é atípica, ou seja, não se trata de crime.
Porém, se o jogador não conseguir
consumar o suicídio, e se lesionar gravemente, o agente que lhe induziu,
instigou ou auxiliou a esta tentativa, será apenado criminalmente com reclusão
de um a três anos, como prevê o próprio artigo 122 do Código Penal.
É fato que os instrutores e criadores do
jogo são cibercriminosos e estão utilizando o poder da Internet para
influenciar crianças e jovens a cometerem suicídio. Aqueles que, no Brasil,
estão “brincando” de instrutores e convidam outros a jogar, caso seus convidados
completem a tarefa final, também serão punidos, pois se tratam de criminosos.
Por fim, estes tipos de jogos mortais
devem ser urgentemente investigados e reprimidos, punindo-se os responsáveis,
para que os jovens não mais participem destes desafios, evitando-se, assim,
mais vítimas deste verdadeiro massacre digital.
COMO PREVENIR QUE SEU FILHO(A) ENTRE NESSE CAMINHO QUE SÓ LEVA A MORTE
Mudança de comportamento
Os pais devem estar atentos às mudanças bruscas de comportamento dos filhos, o que pode ser um sinal de que a criança está sofrendo e não está sabendo lidar com o sofrimento.
Observação constante
Os pais devem observar seus filhos o tempo todo com relação a qualquer tipo de manchas, arranhões e cortes pelo corpo, indagando de forma tranquila e serena o que aconteceu para aparecer essas marcas.
Demonstre interesse
Para perceber que a criança está enfrentando problemas, é essencial que os pais se interessem por sua rotina. Segundo especialistas, esse deve ser um ato genuíno, não momentâneo por causa do jogo.
Diálogo constante
As conversas com os filhos, sobretudo os adolescentes, pode não ser fácil, mas os pais devem abrir canais para que eles se sintam confortáveis em compartilhar suas angústias e se sintam protegidos.
Vulnerabilidade
Para os especialistas, jovens e adolescentes com a autoestima baixa e sem vínculo familiar fortalecido são mais vulneráveis a armadilhas como o jogo da Baleia Azul.
Confiança
Os jovens precisam de pessoas de confiança para compartilhar seus anseios e frustrações, seja na escola ou na família.
Participação da escola
As escolas podem ajudar na prevenção de situações de risco, identificado entre os alunos os mais vulneráveis a se engajarem em jogos como esse e conscientizando os estudantes sobre a importância da vida.
Comportamento familiar
Seu filho(a) dificilmente quer fazer as refeições com vocês pais, não tem paciência em conversar com vocês sobre nada e vive trancado em seu quarto? Está na hora de reconquistá-lo com paciência, carinho e demonstrando que vocês são seus melhores amigos e em quem ele pode confiar.
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