Prezados amigos e amigas,

O presente Blog, tem a finalidade de ser mais um instrumento de valorização da família.
Por isso trará sempre artigos relacionados a esse tema, abordando os diversos aspectos que envolvem a formação de uma família sadia e segundo os preceitos cristãos, além de enfocar os diversos aspectos do relacionamento familiar.
Esperamos assim, que possa servir como um meio de reflexão, ajuda e fortalecimento àquelas famílias que encontram-se em situação difícil.

Que Deus nos ajude nessa empreitada.

Pedimos ainda que a Sagrada Família abençoe e proteja a todas as famílias do mundo inteiro. Amém !

José Vicente Ucha Campos
jvucampos@gmail.com

sábado, 19 de março de 2011

“Nossas casas vão se transformando em túmulos sem epitáfios e vivemos sós!”

Gregório Vivanco Lopes

O Prof. José Antônio Oliveira de Resende da Universidade Federal em São João d’El-Rey (MG) faz um depoimento interessante. Ele descreve alguns hábitos familiares de outrora, ainda perfumados pelo que restava de civilização cristã, e hoje desaparecidos, submersos que foram pela enxurrada do paganismo moderno.
Fala-nos das visitas que as famílias se faziam, e que constituíam costume ainda na década de 1950. Vinham impregnadas daquele prazer inocente da família católica, como resto ainda vivo da civilização cristã outrora pujante. Vamos ao texto:

“Sou do tempo em que ainda se faziam visitas. Lembro-me de minha mãe mandando a gente caprichar no banho, porque a família toda iria visitar algum conhecido. Íamos todos juntos, família grande, todo mundo a pé. Geralmente, à noite.

E os donos da casa recebiam alegres a visita: ‘Vamos nos assentar, gente! Que surpresa agradável!’

A conversa rolava solta na sala. Meu pai conversando com o compadre, e minha mãe de papo com a comadre. Retratos na parede, duas imagens de santos numa cantoneira, flores na mesinha de centro, casa singela e acolhedora. A nossa também era assim.

Também eram assim as visitas, singelas e acolhedoras. Tão acolhedoras, que era também costume servir um bom café aos visitantes. Como um anjo benfazejo, alguém lá da cozinha, geralmente uma das filhas, dizia: Gente, vem aqui pra dentro, que o café está na mesa.

O café era apenas uma parte: pães, bolo, broas, queijo fresco, manteiga, biscoitos, leite… tudo sobre a mesa.

Pra que televisão? Pra que rua? Pra que droga? A vida estava ali, no riso, no café, na conversa, no abraço, na esperança… Era a vida respingando eternidade nos momentos que acabam…. era a vida transbordando simplicidade, alegria e amizade…

Quando saíamos, os donos da casa ficavam à porta até que virássemos a esquina. Ainda nos acenávamos. E voltávamos para casa, caminhada muitas vezes longa, sem carro, mas com o coração aquecido pela ternura e pela acolhida. Era assim também lá em casa. Recebíamos as visitas com o coração em festa. A mesma alegria se repetia. Quando iam embora, também ficávamos, a família toda, à porta. Olhávamos, olhávamos… até que sumissem no horizonte da noite.

O tempo passou, e me formei em solidão. Para isso tive bons professores: televisão, vídeo, DVD, e-mail… Cada um na sua, e ninguém na de ninguém. Não se recebe mais em casa, e as casas vão se transformando em túmulos sem epitáfios, que escondem mortos anônimos e possibilidades enterradas. Cemitério urbano, onde perambulam zumbis e fantasmas mais assustados que assustadores.”
Fonte: Site da Comunidade Shalom - Blog Carmadélio
.
Comentário do Blog:
Os queridos amigos e amigas vão me perdoar, mas vou aproveitar o texto acima para expor minhas opiniões a respeito do tema que foi abordado pelo professor José Antonio. Vamos lá:

Com certeza os hábitos das famílias de hoje em dia são muito menos saudáveis do que os das famílias de antigamente. Muitos podem dizer: "Ah, mas isso é normal! É a tecnologia, o desenvolvimento!"
Com certeza. E se não fosse a tecnologia, não estaríamos hoje conversando com vocês por meio deste Blog.
Mas, existem certas coisas que mudaram e que não deveríam ter mudado. Por exemplo:
.
- As refeições das famílias
Antigamente, todos comiam no mesmo horário, sentados juntos à mesa, onde compartilhavam suas vidas com seus familiares. Contavam as novidades do dia, suas angústias, suas alegrias etc.
Hoje em dia cada um come num horário, uns com o prato de comida junto ao computador, outros com o prato de comida sobre o colo na frente da TV, outro no quarto...e assim vai.
Onde há espaço assim para a conversa e para a troca de experiências familiares?

- O assistir TV
Me lembro como se fosse ainda hoje, que à noitinha, depois do jantar em família, nos juntávamos todos, amontoados numa pequena sala, para assistir TV. Ali ficávamos juntinhos, meu pai, minha mãe, minha tia(que morava conosco), eu e meus três irmãos. Muitas vezes nem ligávamos para o que estava passando, pois ficávamos conversando. Só a situação de ficarmos enroscados uns nos outros, já era muito acolhedora e gratificante.
Hoje, praticamente cada membro da família tem uma TV em seu quarto ou mesmo um computador. Quando vão chegando do trabalho ou do curso, ou seja lá do que for, pegam seu prato de comida, como falamos acima, e vão para os seus aposentos; e, ali ficam até altas horas da noite, até dormirem. Não há o contato familiar, não há o aconchego.

- O sair junto
Antigamente, como o texto principal nos disse, as famílias saíam juntas (pai, mãe, filhos,...).
Hoje em dia, dificilmente se vê uma família completa passeando por aí. Na maioria das vezes vê-se o pai e a mãe sozinhos. Os filhos? Ah, foram passear com seus colegas. Aí sim em grupos.
É corriqueiro também se ver o pai com um filho ou filha, passeando pelo shopping. Cadê a mãe? Perdão, mas já estão separados.

E assim vai acontecendo na vida das famílias de hoje em dia.
Será que não está na hora de darmos uma guinada nessa situação?
Será que não está na hora de darmos mais valor a convivência familiar, seja no lar ou nos ambientes externos?
Será que não está na hora de voltarmos a ter o aconchego familiar?

Pensem nisso e que a Sagrada Família nos ajude nessa caminhada. Amém!

Nenhum comentário:

Postar um comentário