Prezados amigos e amigas,

O presente Blog, tem a finalidade de ser mais um instrumento de valorização da família.
Por isso trará sempre artigos relacionados a esse tema, abordando os diversos aspectos que envolvem a formação de uma família sadia e segundo os preceitos cristãos, além de enfocar os diversos aspectos do relacionamento familiar.
Esperamos assim, que possa servir como um meio de reflexão, ajuda e fortalecimento àquelas famílias que encontram-se em situação difícil.

Que Deus nos ajude nessa empreitada.

Pedimos ainda que a Sagrada Família abençoe e proteja a todas as famílias do mundo inteiro. Amém !

José Vicente Ucha Campos
jvucampos@gmail.com

quarta-feira, 16 de julho de 2014

A IMPORTÂNCIA DA FAMÍLIA NO MUNDO

 
A Igreja não analisa os desafios da família na postura simplista de “pode-não pode” mas parte da análise da ‘crise antropológica aguda’ que vivemos.

A família, como vai?

O Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo, em artigo publicado pelo jornal O Estado de São Paulo, destaca o papel fundamental da família na sociedade e a preocupação da Igreja em tratar os desafios por ela enfrentados.
 
O texto do Cardeal parte da decisão do Conselho de Direitos humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), em seu 26° período de sessões de “Proteção à Família”, que aprovou uma resolução na qual a família é reconhecida como o núcleo “natural e fundamental da sociedade”, destacando “o direito a proteção por parte da sociedade e o Estado”.
 
“Pareceria que a ONU aprovou o óbvio ao se referir ao direito das crianças, pois é difícil imaginar que alguém possa afirmar o contrário” – afirma D. Odilo-.
 
Dom Odilo recorda que “mesmo em tempos de crise, a instituição familiar tem merecido o melhor dos esforços da Igreja, para ampará-la e fortalecê-la em sua dignidade e função social”. A Igreja Católica “não desconhece as dificuldades que sacodem a instituição familiar; mas não a considera como um barco à deriva, que deva ser abandonado à própria sorte”, afirma. 
 
“Compreende-se, assim, por que o papa Francisco convocou uma assembléia extraordinária do Sínodo dos Bispos, com o objetivo de tratar dos atuais desafios da família, que interpelam também a missão da própria Igreja”.  
 
Dom Odilo Scherer cita o Instrumento de trabalho do Sínodo sobre a família, elaborado a partir das respostas a um amplo questionário espalhado pelas dioceses do mundo inteiro.
“As respostas trataram de uma lista extensa de situações vividas pela família, que vão da difusão dos ensinamentos da Igreja sobre a família e o casamento, e sua recepção, ao trato da Igreja com tais questões, às pressões culturais, econômicas e morais sofridas pela família; mas também contemplam as atuais realidades familiares, como as novas uniões depois de uma separação ou divórcio e sua participação na vida da Igreja; as uniões sem formalização alguma, nem civil, nem religiosa; a aparente descrença no casamento e na família e a transmissão responsável da vida; a educação dos filhos, cada vez mais fora da responsabilidade dos pais; as uniões de pessoas do mesmo sexo, com a pretensão de ter status de casamento e família; as políticas contrárias ao casamento e à família em várias partes do mundo…”.
 
O que leva a Igreja a refletir sobre essas questões, “é a preocupação com as pessoas envolvidas nessas diversas situações concretas, sem abandoná-las, nem lhes dar a impressão de que a Igreja e o próprio Deus não têm mais nada para lhes oferecer”, afirma D. Odilo. “O Evangelho, de toda maneira, continua sendo “boa nova” de salvação e de vida para todos; as dificuldades atuais não são, nem devem ser, a referência última para a família e a pessoa humana”.
 
O Cardeal destaca que “não se espere que o Sínodo vá enfrentar esses temas de maneira pragmática, buscando apenas chegar a um simplista “pode-não pode”. As questões são profundas e não dependem de uma atitude voluntarista da Igreja, amoldável aos humores do tempo e dos movimentos culturais”. “Elas se inscrevem numa crise antropológica e cultural aguda, que atinge a própria pessoa humana, sua identidade e sentido”.
 
“Quando o ser humano é apreciado apenas do ponto de vista instrumental e utilitarista, ele passa a ser objeto de uso e meio para atingir objetivos de outras pessoas, da sociedade ou do Estado; e já não é mais vista um fim em si mesmo, como ensinava Emmanuel Kant: ‘o ser humano nunca deve ser tido como um meio, mas sempre como um fim em si mesmo’”.
 
Para D. Odilo “essa verdadeira deturpação do sentido do ser humano também leva à concepção da vida como aventura voltada sobre o próprio indivíduo, para o usufruto das sensações do momento, sem o horizonte da alteridade, no qual ele encontra a sua verdadeira expressão e sua realização mais plena”, o que gera uma grande “desorientação nas relações humanas, no sentido do amor, bem como nas instituições sociais mais elementares, como o casamento e a família, anteriores à própria sociedade organizada e ao Estado”.
 
A assembleia extraordinária do Sínodo é uma etapa do “caminho sinodal”, que se concluirá na 14ª assembleia ordinária do Sínodo, em outubro de 2015. Por fim, o Cardeal explica que “agora, o objetivo é fazer uma reflexão aprofundada sobre a situação da família e do casamento, para compreender melhor os motivos da sua crise e discernir sobre as novas perspectivas que se abrem para a missão da Igreja”.
 
Maria Emilia Marega Pacheco
 
Fonte: Blog Carmadélio

Nenhum comentário:

Postar um comentário