Prezados amigos e amigas,

O presente Blog, tem a finalidade de ser mais um instrumento de valorização da família.
Por isso trará sempre artigos relacionados a esse tema, abordando os diversos aspectos que envolvem a formação de uma família sadia e segundo os preceitos cristãos, além de enfocar os diversos aspectos do relacionamento familiar.
Esperamos assim, que possa servir como um meio de reflexão, ajuda e fortalecimento àquelas famílias que encontram-se em situação difícil.

Que Deus nos ajude nessa empreitada.

Pedimos ainda que a Sagrada Família abençoe e proteja a todas as famílias do mundo inteiro. Amém !

José Vicente Ucha Campos
jvucampos@gmail.com

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

CICLO DA RELAÇÃO ENTRE FILHOS E PAIS

Sabem meus amigos, há algum tempo atrás tomei ciência de uma mensagem muito bonita e que trazia uma
reflexão de um filho com relação aos sentimentos para com seu pai, englobando todas as fases de sua vida. Não descobri quem era o autor, mas achei muito bonita e tomei a liberdade de colocar essa reflexão a seguir e gostaria que vocês filhos, refletissem também sobre o seu conteúdo. Vamos lá.
Os filhos pensam normalmente de seus pais:

Ao nascerem: Sou totalmente dependente deles. Mas eles só me atendem quando choro.

Aos 10 anos: Meus Pais ! Meus Heróis !

Aos 15 anos: Pôxa ! Que caras caretas ! Não me entendem. Nunca deixam eu fazer o que quero.
Já sou um homem ...!

Aos 20 anos: Meus pais são muito chatos. Eu já sou totalmente independente. Não preciso deles. Eu já sou adulto.

Aos 30 anos: Tenho vergonha de meus pais. Eles são meio burros. Não sabem nada. Não acompanharam a evolução das coisas. Já estão velhos. Eu agora já tenho bastante experiência de vida.

Aos 40 anos: Pôxa... ! Meus pais não são tão burros assim.

Aos 50 anos: Meus “paisões” ! Meus “velhos” !

Aos 60 anos: Pôxa...! Que saudades dos meus pais !

Ah... Se eu pudesse voltar atrás !!!

Por que então caríssimos amigos, os filhos desperdiçam tanto, o tempo que poderiam estar amando seus pais e curtindo com eles os últimos anos de suas vidas aqui na terra ?
Num desses nossos contatos com os jovens, nos chegou uma vez um jovem muito arredio, muito fechado e que estampava a tristeza em seu olhar. Era um jovem muito bonito. Mas era triste.
Ficamos meios “encucados” com aquela tristeza e comportamento introvertido daquele jovem. Foi quando numa conversa que eu tive com ele, num grupo, que ele se abriu e nos contou que se sentia muito mal e com um sentimento muito grande de culpa com relação a seu pai, que já era morto, havia uns dois anos.
Disse-nos o jovem, que tinha um péssimo relacionamento com seu pai, que viviam brigando e que no último ano da vida de seu pai, eles não falavam um com o outro. Quando então aconteceu a morte repentina de seu pai, aquele jovem passou a se sentir culpado pela morte dele e a se sentir ainda mais culpado pelo pai ter morrido, sem que os dois se falassem há pelo menos um ano antes de sua morte.
O jovem não aceitava ter agido assim e não aceitava não ter tido a oportunidade de se reconciliar com seu pai, antes que o mesmo morresse. A sua vida, naqueles dois últimos anos, tinha sido um inferno. Pois sua consciência não o deixava em paz. Aquele jovem não tinha paz interior, por não ter se reconciliado com seu pai, antes de sua morte.
O que fazer para minimizar o sofrimento intenso daquele jovem ?
Em primeiro lugar, foi encaminhá-lo para que se confessasse com um padre, de forma a que recebendo o perdão de Deus, através do sacramento da confissão, pudesse se sentir melhor.
Depois, tivemos diversos encontros, onde conversamos muito sobre aquela situação que ele havia passado e estava passando. Procurei saber também como era seu pai em sua casa, no relacionamento com sua mãe e com seus irmãos, etc.
Chegamos a conclusão de que o jovem não era o único culpado por ter agido daquela forma com seu pai, ficando sem falar com ele, durante tanto tempo.
A sua família era desestruturada e havia um convívio familiar muito difícil.
Bom, não vamos procurar, culpados para aquela situação. A nossa função naquele momento era tentar minimizar o sofrimento daquele jovem, o que conseguimos parcialmente, após algum tempo. Hoje, sabemos que ele está bem melhor. Passou até a frequentar a Igreja, coisa que nunca havia feito antes.
O que devemos tirar como lição dessa triste história, meus amigos, é exatamente o fato da dificuldade de relacionamento entre aquele filho e seu pai ter acontecido, fato esse que foi fatalmente marcante pela morte prematura do pai, não dando oportunidade ao filho de se reconciliar.
Pelo que vimos, conversando com o jovem, ele tinha lá no fundo do seu coração uma vontade sufocada, de fazer as pazes com seu pai, mas devido ao orgulho, não tomava a iniciativa. Talvez achando que um dia poderia fazê-lo. Acontece que infelizmente, não houve tempo para que isso ocorresse, pois com a morte prematura de seu pai, ele teve a triste constatação que nunca mais poderia se reconciliar com ele.
Essa dor o acompanhou por muito tempo e talvez nunca vá deixá-lo totalmente.
E você , caríssimo jovem, que está lendo este livro neste momento, o que você acha de toda essa situação ? Reflita um pouco.
Se fosse você, no lugar daquele jovem e estivesse passando uma situação parecida com a dele, de problemas de relacionamento com seus pais. A diferença é que seus pais ainda estão vivos.
O que você deve fazer agora ? Deixar para se reconciliar depois, daqui a algum tempo ? Jogar a responsabilidade para cima de seus pais, passando para eles a iniciativa da reconciliação ? Pensar um pouco mais de tempo, para verificar detalhadamente como poderia fazer a reconciliação com seus pais ?
Ou partir, de coração aberto para uma reconciliação imediata, sem dar chance de que aconteça algo parecido com seus pais, como aconteceu com o pai daquele jovem ?
Acho que essa é com certeza a melhor opção. Pois é aquela que lhe dará a oportunidade de sentir a felicidade de dizer para seus pais que os ama, de beijá-los e acariciá-los e também de se sentir amado, de ser beijado e acariciado por eles.
Não percam mais essa chance que Deus está lhes dando, de amarem seus pais e serem amados por eles. Tomem a iniciativa. Não esperem que eles as tome.
E pais, que também estejam lendo este livro, não dêem uma de durões, de não permitirem-se amarem e serem amados por seus filhos.
Recebam-nos, ou melhor vão ao encontro deles e abrace-os e beije-os, sem que para isso tenha que haver qualquer preparação formal e especial. Substituam as formalidades pelo amor . Passem uma borracha em tudo o que os levou a se separarem e lutem com todas as suas forças, para que daqui para frente, nunca mais voltem a se separar.
Quem ama, perdoa. Quem perdoa, sente a verdadeira felicidade.
Então, sejam muito felizes, todos vocês, pais e filhos.
.
Do Livro "Filhos, Presentes Especiais de Deus"
Por José Vicente Ucha Campos

Nenhum comentário:

Postar um comentário