Prezados amigos e amigas,

O presente Blog, tem a finalidade de ser mais um instrumento de valorização da família.
Por isso trará sempre artigos relacionados a esse tema, abordando os diversos aspectos que envolvem a formação de uma família sadia e segundo os preceitos cristãos, além de enfocar os diversos aspectos do relacionamento familiar.
Esperamos assim, que possa servir como um meio de reflexão, ajuda e fortalecimento àquelas famílias que encontram-se em situação difícil.

Que Deus nos ajude nessa empreitada.

Pedimos ainda que a Sagrada Família abençoe e proteja a todas as famílias do mundo inteiro. Amém !

José Vicente Ucha Campos
jvucampos@gmail.com

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

COMO SERÁ MINHA FAMÍLIA AMANHÃ ?

Essa meus amigos, é uma pergunta que aflige a maioria dos jovens que hoje em dia têm problemas em suas atuais famílias.
E não é para menos que eles tenham esse tipo de dúvida em seus corações. Afinal, qual é a experiência que eles têm de uma família ?
Em sua maioria, esses jovens têm uma experiência negativa de família, pois vivem de alguma forma, numa, que só lhes traz medo, tristezas, preocupações, sentimento de abandono, incertezas etc.
Onde presenciam em muitos casos a discórdia, o desprezo, a indiferença, a infidelidade e a falta de respeito e amor entre seus pais.
Não dá para acreditar na família dessa forma. Pois o que passa pelas cabeças desses jovens, é que eles também terão problemas de relacionamento com suas esposas e filhos e sofrerão da mesma forma como vêm sua família atual sofrer.
A nossa geração atual, de pais e mães, está criando uma situação muito perigosa e complicada, pois como esses jovens não têm o sentido de família, e nem perspectivas boas para seus futuros relacionamentos, buscam outras formas que possam lhes dar a sensação de alívio desses seus problemas, mesmo que momentaneamente, ou mesmo possam mantê-los desviados deles. As drogas.
É muito triste verificar essa realidade entre os jovens. E por algumas vezes em conversas com alguns deles, lhes questionamos: Como vocês pretendem encarar e tentar resolver esses problemas ?
Muitos nos responderam que não sabiam. Outros diziam que iriam tentar se casar de qualquer maneira, se desse errado, separaríam-se.
Nos diversos cursos de Preparação para o Casamento que eu e minha esposa participamos ao longo dos 20 anos que trabalhamos com famílias, encontramos vários casais de noivos que estavam prestes a se casarem, e que pensavam em se casar como uma tentativa, era um jogo de risco. E a resposta era sempre a mesma: Se não der certo, separamos. Ou seja, aqueles jovens já iam para o casamento, com o pensamento de que aquele gesto seria uma tentativa e se não desse certo simplesmente se separariam.
É claro que em todos esses casos, nós e outros casais que trabalham nesses Cursos Preparatórios para o Casamento, sempre aconselhamos aos casais que assim pensavam, a darem um tempo, ou seja, aconselhávamo-os que aguardassem mais um pouco de tempo antes de se casarem, para tentar verificar se era aquilo mesmo que queriam. Se era realmente a intenção de ambos assumirem aquele compromisso, perante Deus e a Sociedade, de forma sincera e sem dúvidas. E até para darem um tempo para se conhecerem melhor, analisando alguns aspectos importantes que muitas vezes passavam desapercebidos por eles e que eram alertados nas palestras de preparação para o casamento que são dadas nesses cursos.
Mas uma coisa é certa, não existe nada mais eficaz para a formação do verdadeiro sentido de família nos jovens, do que o exemplo dos seus pais. Quando esse exemplo é de harmonia, compreensão, fidelidade, amizade e amor, entre tantos outros valores verdadeiros, faz mais efeito do que qualquer palavra.
É através desse exemplo que os jovens vão gradativamente formando e fortificando em suas consciências e em suas personalidades, os conceitos de verdadeira família ajustada e feliz. E isso, será carregado por eles para ajudá-los a formarem suas próprias famílias e a encararem as dificuldades normais em qualquer casamento e família.
A grande diferença, é que eles terão fortificados em suas cabeças e em seus corações, que é possível ser feliz no casamento e na família e que eles vão ter que encontrar os caminhos que os levarão a essa felicidade, em conjunto com seus cônjuges e filhos.
Uma coisa que ajuda muito aos jovens que pretendem formar suas famílias de forma correta e harmoniosa, é a religião, ou seja, é a presença de Deus junto dos casais e das famílias.
É necessário que os casais quando vão se casar, levem para dentro de suas casas o Deus de amor e misericórdia que criou a todos nós e que nos ama, a cada um, com um amor inimaginável, mas sensível.
Só assim, com a presença de Deus dentro de nossos lares, convivendo o dia-a-dia com pais e filhos, é que cada membro pensará duas vezes antes de dizer alguma coisa que possa magoar o outro. Só assim o esposo ou a esposa, pensarão duas vezes antes de caírem na tentação da infidelidade. Só assim pais e filhos, pensaram duas vezes, antes de dizerem-se coisas que possam se magoar mutuamente, ou mesmo tomar atitudes um para com o outro, que possam ferir e entristecer ao outro.
Ou seja, independente da religião que cada um professe, a presença de Deus é fundamental dentro das famílias. É Deus, que nos ajudará a nos questionarmos sempre, quando estivermos agindo contra a família.
Esses conceitos é que devem existir nas mentes e corações dos jovens que tentarão formar suas famílias.
Independentemente do que esses jovens passaram ou passam dentro de suas famílias, eles devem ter consigo que não precisarão, nem deverão agir da mesma forma que seus pais agiram ou agem com eles.
Sei que não é fácil. Pois é muito difícil dar o que não se tem. É muito difícil dar atenção, carinho e amor para seus filhos, se você não conhece o que é isso, por nunca ter recebido estas demonstrações de afeto de seus pais.
Mas é preciso quebrar esse círculo vicioso. E mais uma vez, volto a frisar: a presença de Deus dentro das famílias é uma grande ajuda para que essa família prospere e seja feliz, independentemente do que seus membros passaram quando viviam em suas famílias de origem.
Quando falo da presença de Deus dentro das famílias, estou falando da presença de Deus dentro dos corações de todos os seus membros.
Por isso ainda, é muito importante que esses jovens que sofrem hoje em dia com o abandono e a indiferença de seus pais, voltem-se desde já para Deus. Pois independentemente se têm intenção ou não de se casarem e de formarem famílias, a presença de Deus em suas vidas nesses momentos difíceis por que passam, lhes dará a força para suportarem esse sofrimento, lhes dará o alento, a confiança no amanhã e a esperança em dias melhores. Esperança essa que só Deus pode realmente lhes dar.
Da mesma forma, é muito importante, que os jovens que estão namorando ou noivando, com intenções de formarem uma família, no futuro, com seus atuais namorados ou noivos, saibam o quanto é importante essa fase de preparação, em suas vidas, para que tenham uma maior chance de serem felizes após o casamento.
O namoro é a primeira fase que acontece dentro de um relacionamento de um jovem com uma jovem, independentemente se pretendem chegar ou não ao casamento.
É a fase inicial do conhecimento mútuo.
Mas, infelizmente, para muitos jovens de hoje em dia, não passa de uma fase de apertos, amassos, beijos, carícias e em alguns casos, de outras “coisitas” mais.
Como fase de conhecimento, deveria ser aprofundada, de forma a que cada um começasse a conhecer o outro mais profundamente, em sua maneira de ser, seu comportamento em diversas situações, sua maneira de pensar, seus gostos, suas manias, seu temperamento, sua espiritualidade, sua opinião sobre diversos temas importantes, sua opinião sobre família, sobre sexo, seus anseios profissionais, seus sonhos, etc.
Embora, com tudo isso, o namoro é uma fase que deve ser também de alegria e de satisfação, afinal, o jovem ou a jovem, está namorando alguém de quem gosta, e por quem tem interesse. E normalmente, é uma escolha livre e consciente.
O namoro deve trazer felicidade a ambos. Ou seja, os namorados devem sentir-se satisfeitos e alegres por estarem namorando. Devem se sentir bem em estar, um na presença do outro.
Estou falando isso, pois conheço alguns jovens, que ao começarem a namorar, tiveram suas vidas mudadas radicalmente, ou seja, se afastaram dos grupos que conviviam, se afastaram da Igreja, às vezes se afastam da família; e transformam seus namoros em um envolvimento quase que secreto, quase que uma seita a dois, onde tudo é meio turvo, onde vê-se que nenhum dos dois é plenamente feliz, onde às vezes, um é esteio para o outro simplesmente para compartilharem problemas.
Conheço jovens que continuam namorando, pois só têm um ao outro para compartilharem suas tristezas, suas angústias, suas infelicidades. Normalmente não têm famílias ajustadas, não têm bom relacionamento com seus pais, etc.
Enfim, esse tipo de namoro só traz infelicidade para ambos. Poderiam, simplesmente, serem bons e verdadeiros amigos.
Chegam a tal ponto, nessa relação doentia, que não conseguem viver um afastado do outro. Vivem literalmente agarrados. Sentem-se totalmente inúteis se não estiverem juntos.
Às vezes só se vêem um ao outro, não importando o mundo que está ao seu redor. Desta forma, vivem se agarrando em público, se esfregando, etc; e só não fazem outras coisas em público, pois talvez corram o risco de serem presos, imaginando eu, que isso ainda possa acontecer nessa sociedade em que o sexo é tão liberado e distorcido.
Esse é o tipo de namoro que deve ser interrompido, se não, profundamente analisado e discutido pelos namorados. Pois não está acrescentando nada àquele conhecimento que falei ainda pouco.
É normal e natural, que duas pessoas que namoram, sintam vontade de estarem juntos um do outro, de se acariciarem, de se beijarem. Mas, tudo isso tem que ser feito de forma natural e harmoniosa, e sem necessidade de demonstrações públicas, de forma a que se em algum momento, não puderem estar juntos, por motivos diversos, de estudo, trabalho, etc; não se sintam infelizes e desesperados. Mas sim, que consigam realizar as coisas da vida particular de cada um, de forma tranquila. Que sintam saudades, se telefonem, conversem bastante. Isso tudo é normal. Só não o é quando o namoro parece mais uma doença a dois, do que a busca conjunta pela felicidade de ambos.
O namoro tem que ser a tal ponto sadio, que se transforme numa relação que traga paz, felicidade e até forças para que os namorados realizem suas tarefas diárias com mais afinco, com mais sabor, com mais empenho, pois são felizes e estão de bem com a vida.
Normalmente o namoro começa com uma paixão ardente. Aquela na qual a namorada pensa: “achei o homem da minha vida! Ele é maravilhoso, simpático, bonito, inteligente, etc... Que gato!”
Da mesma forma pensa o jovem namorado: “Uau! Que gata! Tem que ser minha!” E parte para a “luta” da conquista.
Tudo isso é muito bonito e faz parte do jogo da sedução, pelo qual, normalmente passam todos os jovens e até algumas pessoas mais maduras.
Mas, continua sendo muito importante, que ambos tenham os pés no chão e saibam o que querem de suas vidas e com quem vão querer compartilhá-la.
O relacionamento entre duas pessoas, que normalmente começa com o namoro, também não deve e não pode ser fundamentado somente na aparência física, pois os jovens devem saber que um dia a beleza daquela menina vai passar, as rugas vão aparecer, os cabelos vão embranquecer, etc., da mesma forma, as jovens devem saber que um dia os músculos daquele menino vão se transformar numa barriguinha acentuada, que as rugas e os cabelos brancos também vão aparecer, que a sua capacidade física vai dar lugar a certa limitação para movimentos bruscos, etc. E aí ? Como vai ficar o relacionamento quando isso começar a acontecer ?
O relacionamento entre duas pessoas que verdadeiramente se amam, deve ser pautado, na beleza sim, mas principalmente naquela que vem de dentro. Deve ser visto o interior do coração um do outro. O que está guardado lá dentro? Quais são os valores que o meu namorado ou a minha namorada tem? Como é o seu gênio? Como reage quando contrariada (o)? Quais são os seus gostos? O que pensa sobre coisas importantes da vida? Quais são os seus sentimentos com relação da família? Se irrita à toa? Nunca pede desculpas? Etc...
Muitos jovens pensam que um determinado comportamento que o seu namorado ou sua namorada tem agora, durante o namoro, e que não lhe agrada ou não é muito correto, vai mudar depois do casamento. Não diria que isso é impossível, mas, pelo que temos visto por aí, nessa nossa caminhada junto a casais e famílias já formadas, essa mudança não acontece. Ao contrário, as vezes, algum defeito que existe antes do casamento por parte de um dos dois e que não se consegue mudar ainda na fase do namoro ou noivado, se agrava após o casamento. Por isso é muito importante que os jovens analisem-se muito quanto ao comportamento de cada um e se existe algo errado e que não se consegue mudar, pois depois, vai ser muito pior.
Novamente, não estou dizendo que as pessoas não podem mudar, se quiserem e se esforçarem. Estou simplesmente dizendo que tem que ser observado com muito cuidado e atenção, para ver se aquilo que você acha errado no seu namorado ou na sua namorada, terá importância fundamental, no casamento, caso um dos dois não consiga mudar.
É importante também que durante o namoro, além dos defeitos, sejam observadas as virtudes e as qualidades um do outro.
Aquela história de que “o amor é cego”, também só funciona, se o autor quiser, em novelas e filmes. Na vida real, o amor tem que enxergar muito bem, pois vai depender disso para que os dois encontrem a verdadeira felicidade. O amor vai ajudar e muito, para que muitas coisas sejam relevadas durante o relacionamento, dentro do casamento, assim como para permitir que um, abra mão de vontades próprias, em favor do bem estar do outro e vice-versa.
É muito importante ainda, durante o namoro, que ambos saibam se preservar para o futuro, ou seja, saibam “segurar a onda”, como se diz hoje em dia.
Sei que muitos pais e filhos, podem achar isso meio arcaico. Como falar em virgindade, numa sociedade na qual, existem alguns pais que, ao invés de educarem corretamente, seus filhos em matéria de sexo, distribuem para eles camisinhas, quando completam 10, 11 ou 12 anos, como uma família que conheci há algum tempo atrás, cujos pais ao me contarem isso, diziam que o estavam fazendo para preservar seus filhos da AIDS e permitir-lhes que já tivessem uma iniciação sexual, sem riscos. Sem contar que o próprio governo, seja no nível que for, também incentiva essa prática e estão pensando até em colocar máquinas automáticas de camisinhas nas escolas públicas, para que as crianças e jovens que quiserem possam pegá-las. Se eu não estou ficando louco, acho que alguém está. Mas, isso é conversa para outra ocasião, e
gostaria de abrir um parênteses aqui, para dizer, que não estou discutindo o assunto mais profundamente, nem os riscos da AIDS, etc. Pelo menos não nesse livro, embora tenha minha opinião formada sobre o assunto.
Mas, estou tentando sim, alertar os pais, para que passem a educar e a discutirem com seus filhos mais profundamente a questão do sexo e da própria virgindade. Essa sim, é a forma mais segura que existe de não contrair qualquer tipo de doença, seja ela qual for; além de permitir a seus filhos que se guardem para o momento propício de demonstrarem seu amor através do ato sexual, dentro do casamento, com a pessoa que realmente amam e que estarão formando uma família, fundamentada em preceitos e valores corretos. Com certeza, esse casamento tem mais um ponto a seu favor, dentre tantos outros, para o seu sucesso. Pois se conseguiram se guardar e resistir a todas as tentações, até chegarem ao casamento, com certeza serão cônjuges que serão fiéis um ao outro, fortificados pelo amor e as Bênçãos de Deus.
O que se vê também, infelizmente, é que alguns jovens chantagistas, usam ainda hoje, daquele artifício que vem de muito tempo atrás, para manterem seus namoros, e aproveitando da fascinação e do envolvimento de suas namoradas, pedem a elas “uma prova de amor”. E através desse artifício sujo, transformam, as vezes, as vidas de meninas novas, em verdadeiros calvários, pois como consequência desse ato errado, as mesmas passam a ter responsabilidades, deveres e compromissos que as impedem de serem jovens, de curtirem a vida, como é natural em suas idades. Pois, ao invés disso, terão a responsabilidade de criar um filho, muitas vezes sem pai.
E pior, muitas vezes indesejado, tanto pelo namorado quanto pela namorada, e até pelas famílias de ambos, que ao invés de apoiarem a jovem, já que o fato já se consumou e é irreversível, abandonam-na a sua própria sorte, quando não cometem o crime maior de sugerir que aborte seu próprio neto.
É pela falta do relacionamento entre pais e filhos, no aspecto da sexualidade e do sexo, e até pela falta de exemplo e atenção, que cada vez mais cedo, meninas de até 10 anos de idade, estão se tornando mães.
O que será dessa família, se é que podemos chamar assim, formada por uma criança de 10 anos e por outra de meses, seu filho ? Como será o relacionamento entre pais e filhos, nessa nova família, que já começou totalmente errada ?
Como diz o professor Felipe Aquino, em seu livro “Família, Santuário da Vida”:
“O tempo do namoro não é o tempo adequado para a vida sexual. A doação do corpo a alguém é a última coisa que deve se feita, e só depois que toda a vida foi entregue e só depois que se assumiu um compromisso, para sempre, de viver juntos na fidelidade e no amor. Antes disso e sem isto, o sexo fica vazio, apenas prazer.” E eu poderia complementar: apenas prazer animal.
E continua o professor Felipe: “O sexo é a manifestação mais profunda do amor do casal. Aí cada um não doa ao outro presentes, flores, palavras apenas, mas o próprio corpo, a mais profunda intimidade. Por isso, não pode haver relações sexuais sem que a entrega das vidas tenha sido definitiva. E isto só acontece no casamento. Daí nascerá a vida, os filhos do casal.”
Complementando esse aspecto, o professor Felipe nos diz ainda que: “A diferença entre o sexo legítimo e a prostituição, é que nesta última não existe o compromisso de vida e de amor. Pouco importa se amanhã esta mulher estará grávida, doente, ou com fome...Não existe o amor.”
Sabem meus amigos, sou partidário sim, do que chamamos de “namoro santo”, ou seja, aquele no qual os namorados agem como pessoas maduras, que sabem o que querem, que vivem uma relação aberta, feliz, sincera, mas recatada, onde se guardam para o momento máximo da relação afetuosa de um casal. E que por isso, tem que ser reflexo de um grande amor, que seja honesto, verdadeiro e permanente. Sem essa de: “que seja eterno, enquanto dure.” Isso só dá certo na música.
Noutro dia, estava no barbeiro, cortando o cabelo, e um outro freguês entrou na barbearia. Enquanto esperava a sua vez, com o jornal na mão, começou a falar com o barbeiro que estava cortando meu cabelo, sobre sexo, casamento, namoro, “analisando” algumas reportagens que apareciam no jornal.
Em determinado momento, começou a expor sua própria opinião sobre esses assuntos.
Dizia o incauto: “Acho que tem que ser assim mesmo. Mulher só serve para fazer sexo. Pois para casar não dá. Aja visto a grande quantidade de divórcios que existem por aí. Mulher se ficar junto, só traz problemas.”
“Por isso eu namoro um monte de mulheres, saio com todas elas. 'Traço' todas e depois vai cada um para sua casa. Não tem que haver compromisso não.”
Como o barbeiro que estava cortando meu cabelo não respondeu nada, o rapaz parou de falar.
Um pouco depois, o barbeiro começou a conversar comigo, sobre o que o rapaz tinha dito e para minha agradável surpresa, começou a falar que achava totalmente errado o que o rapaz falou e que achava também que a coisa estava indo por um caminho todo errado, por isso a sociedade estava do jeito que conhecemos. Falava ele:
“Sabe meu amigo, eu sou a favor das pessoas se resguardarem mais. É por essas (referindo-se ao que o rapaz tinha dito) e outras que as mulheres hoje em dia estão sendo tão desvalorizadas. Estão se tornando objeto de uso pelos homens. Elas não se guardam mais. Não está havendo mais respeito entre as pessoas.” E continuou falando, desenvolvendo um raciocínio muito bem estruturado e correto, chegando até a situação degradante da nossa sociedade de hoje em dia. Que sabedoria demonstrou aquele homem, simples, mas de grande valor.
É lógico também, que ele não estava falando de todas as mulheres, mas, no fundo tinha razão e ainda bem que ainda existem pessoas que pensam assim. Pois o que vemos hoje, de meninas cada vez mais novas se entregando ao sexo com seus namorados, que as largam logo depois de experimentarem o que queriam, e pior, em muitos casos, as deixam sozinhas com o fruto desse relacionamento rápido, passageiro, sem compromisso e sem amor: um novo ser humano, um neném, que não pediu para vir a esse mundo, pelo menos não dessa forma. E mesmo sem culpa de nada, vai sofrer e as vezes sofrer muito, essa inconsequência de jovens que não foram alertados, nem instruídos para não agirem assim.
Bom, mas voltando ao rumo original, em direção a preparação para o casamento, depois que o namoro se solidifica e os jovens começam a pensar mais seriamente em formarem uma família, vem a fase do noivado, onde o compromisso se torna mais sério. Onde ambos começam a fazer planos para a vida a dois, onde traçam as estratégias de como será suas vidas de casados, como montarão suas casas, quando formalizarão suas uniões perante a sociedade e a Igreja, e ainda, como compatibilizarão todos os planos e sonhos que têm, com os rendimentos que terão. Etc.
Nessa fase, do noivado, o relacionamento deve ser aprofundado de tal forma, que os dois não tenham segredos um para com o outro. Pois se algo permanece obscuro ou secreto para um deles, depois do casamento também continuará a existir. E isso não é o que podemos chamar de um relacionamento honesto, sincero e aberto, como precisa existir entre duas pessoas que estão prestes a se casar, ou mesmo que já sejam casadas. Pois se um deles esconde algo importante do outro, é porque não confia plenamente nele. E se isso ocorre, existe uma grande chance de ser um relacionamento fundamentado em falsidades e mentiras, o que levará sem dúvidas, ao rompimento da relação ou a uma relação infeliz. E aí quando vierem os filhos, esses sentirão a mesma infelicidade que talvez aquele jovem casal, sentiu em suas famílias de origem.
Por isso, meus amigos, meus jovens, se você veio de uma família desestruturada, onde não teve ou não tem um verdadeiro exemplo de família, está na hora de mudar isso. Está na hora de você quebrar, como falei antes, esse ciclo vicioso da infelicidade. E você tem uma grande chance para mudar isso. É só se conscientizar do que você realmente quer na vida e do seu futuro. Sabes o que deves fazer e como agir. Só errarás, assim como seus pais erraram, se você quiser.
É fácil ? Claro que não. Mas é possível ser feliz no casamento, é possível ter uma relação estável e duradoura, embora o que você mais deve ouvir por aí é o contrário. Mas acredite nesse seu amigo que aqui vos fala: Existem famílias unidas e felizes ! E a sua, pode ser uma delas ! Acredite nisso e lute para que isso aconteça.
Por isso, você meu jovem, você minha jovem, comece a procurar bem, e com outros valores, agora, aquele que um dia poderá se tornar o pai ou a mãe de seus filhos. Aquele ou aquela que será o grande amor de sua vida. Aquele ou aquela, que será o seu melhor amigo (a), o seu confidente, o seu companheiro (a), ...
Se o seu atual namorado ou a sua atual namorada, não tem o perfil da pessoa que você sonha para formar a sua família, pense melhor sobre esse namoro ou mesmo noivado. Se for algo que possa ser corrigido, dê um tempo, para tentar ajustarem-se melhor.
Agora, se for algo que realmente seja incompatível com a sua maneira de ser e que você veja que será muito difícil de ser mudado, é melhor a dor da separação agora, do que a dor que poderá surgir quando já tiverem uma família formada, na qual os mais sacrificados serão aqueles que não terão culpa nenhuma por você ter arriscado: seus filhos.
Queridos jovens, peçam a Deus, que os ajude a encontrarem um namorado ou uma namorada para que no futuro possam formar com vocês verdadeiras famílias felizes.
Caros amigos, o casamento é muito bom. Digo-lhes isso, principalmente a vocês jovens, com toda a certeza desse mundo e fundamentado em 36 anos de namoro com a mesma jovem, maravilhosa e linda; sendo 31desses anos, de convivência harmoniosa e feliz dentro do casamento, com essa mesma jovem, minha esposa e com a qual recibi o Sacramento do Matrimônio.
Por natureza, a família é uma instituição que foi criada para ser o berço da felicidade comunitária. Como diz o meu filho, “um verdadeiro pedacinho do céu.”
Mas, para que isso aconteça, muita coisa precisa ser respeitada e mantida como o seu rumo natural. E as fases do namoro e do noivado, foram colocadas ao dispor de todos os jovens do mundo, para propiciar aos mesmos, essa grande possibilidade de formarem famílias felizes. Mas, para que isso aconteça, têm que conseguirem aproveitar bem e de forma correta esses períodos tão importantes de preparação para o casamento.
Que Deus abençoe a todos vocês jovens, indecisos ou não, a adotarem a família como meta e vocação maior de suas vidas. Amém!
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Do Livro "Filhos, Presentes Especiais de Deus"
Por José Vicente Ucha Campos

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