JOVENS REBELDES

Me lembro do meu tempo de adolescente, no início da década de 70, que víamos muitos jovens ligados ao

movimento hippie , que era o símbolo da rebeldia jovem, do questionamento às estruturas convencionais, das instituições, das regras, etc. Era um movimento muito ligado à música, e, tinha como ídolos, diversos gênios musicais (que assim eram considerados pelos seus seguidores, em todo o mundo).

Alguns deles, foram muitos famosos, tais como Jimy Hendrix, Jane Joplin e outros.

Faziam-se realizar encontros dos seguidores do movimento hippie, em todo mundo. O mais famoso deles foi o Festival de Woodstock, onde acontecia de tudo, a liberdade era geral, as manifestações de rebeldia tinham espaço garantido; e isso era divulgado pelo mundo todo.

Em determinado momento, todo esse movimento começou a perder força, e, começaram a ser questionadas as reais causas dessa rebeldia, chegando-se a conclusão, que não existia nada filosófico, ou de maior profundidade nesse comportamento. Ou seja, não existia nada de “valor” para que esse movimento se sustentasse por mais tempo.

Perguntava-se: Contra que injustiças eles lutam ? Por qual grupo de excluídos eles são solidários ? O que eles propõem de reais mudanças ? Quais são as suas sugestões para as melhorias ?

E viu-se então que aqueles seguidores desse movimento, eram na verdade os famosos chamados: “Rebeldes sem causa”.

Verificou-se que o que eles queriam mesmo era uma chamada “liberdade total”, que pregava o sexo livre e aberto, ou seja, a banalização total do sexo. Pregavam contra tudo que dizia “não”, ou seja, estavam querendo uma realidade que não existe. Pregavam contra as estruturas; embora sem algo mais concreto do que realmente queriam. Diversos representantes do movimento hippie, ficaram conhecidos como os “sugismundos” da época, pois alguns deles não gostavam de tomar banho, viviam com as roupas sujas, cabelos sem cortar, barba sem fazer, etc.

Enfim, eram realmente os “rebeldes sem causa”.

Faz parte da nossa história humana, a rebeldia dos jovens. Isso vem ao longo da nossa história e chega até hoje.

Mas, hoje a preocupação deve ser muito maior por parte das pessoas de bem, pois a rebeldia dos nossos jovens hoje em dia é exprimida através de práticas muito nocivas para eles, para a própria sociedade em que vivemos, e com certeza o será para as gerações futuras.

Verificamos acima, que os nossos “malucos belezas” dos tempos dos hippies, eram inofensivos. O seu lema era o lema que em si, trazia uma mensagem boa: “PAZ E AMOR”. Pena que não foi posto em prática, na vida da própria sociedade, de uma maneira séria e eficaz.

Um pouco mais a frente no tempo, os novos rebeldes passaram a serem vistos como os “metaleiros”, também da minha época de rapaz.

Eram aqueles que só ouviam bandas de “rock pesado”, se vestiam todos de preto, casacos de couro preto, cheios de tachinhas prateadas, correntes prateadas no pulso, tatuagens, etc. Cópias tupiniquins, importadas dos famosos Hel Angels, dos Estados Unidos.

Os chamados “metaleiros” da minha época foram copiados pelos chamados, e alguns poucos, “roqueiros” de hoje em dia.

Mas hoje em dia a coisa está muito diferente. A rebeldia dos jovens é canalizada para coisas do mal, pois quando um jovem quer se mostrar rebelde, a primeira coisa que faz, é partir para o consumo de drogas, de tóxicos. E, vão fundo nessa caminhada, que na grande maioria das vezes é sem volta. O pior é que a maioria dos jovens que partem para o vício dos tóxicos, o fazem como reflexo de suas frustrações e de suas infelicidades que sentem dentro de suas próprias famílias. E em muitos casos, não são nem reparados por seus pais.

Aliado a isso, dependendo da sua classe social, partem para a frequência assídua dos bailes FUNK, têm nas músicas do mesmo gênero o modelo para formação de suas personalidades, que muitas vezes descambam para o lado da agressividade e da utilização do sexo nas suas formas mais deprimentes e chocantes.

Outros, partem para o fisiculturismo desenfreado. Onde o culto ao corpo torna-se para eles uma verdadeira “religião”.

Ah ! Se eles se dedicassem a uma religião verdadeira, com a mesma determinação e apego, teríamos um imenso ganho para a Sociedade em que vivemos. Mas, voltando aos nossos rebeldes...

Esses jovens, ao cultuarem seus corpos, parece que desenvolvem dentro de si a idéia de que são insuperáveis e que são uma “nova raça pura”, pois passam a ser intolerantes com os mais fracos, com os “diferentes” deles e se isso não bastasse, partem para as agressões. Na hora que isso não os satisfizer, provavelmente partirão para eliminar definitivamente aqueles que não podem se defender.

Existe ainda a turma que frequenta os “bailes” de bebidas liberadas. Febre hoje em dia entre os jovens de diversas regiões da cidade do Rio de Janeiro. E alguns desses jovens começam a frequentar esses “bailes” com idade a partir de 12 ou 13 anos.

A frequência desses bailes é coisa impressionante, chegando a ter programação todo final de semana.

Numa das poucas batidas policiais que aconteceram num desses bailes, e que foi divulgado pela imprensa, foram surpreendidos pela polícia diversos jovens menores de idade e grande quantidade de tóxicos e entorpecentes.

Perguntei a um jovem que vive “curtindo a vida” , seguindo um desses caminhos que acabei de enumerar, sobre o que ele queria da sua vida. E mais, perguntei-lhe: Você se sente feliz, fazendo tudo isso que você faz ? Isso te traz felicidade verdadeira ?

Ele me respondeu. Tio, eu não sei o que é ser feliz.

O que eu faço não é para sentir felicidade, mas, para fugir dos meus problemas, que não sei como encará-los e como resolvê-los, e meus pais “não estão nem aí.”

Vejam meus amigos, que a rebeldia dos jovens de hoje está tomando um rumo muito perigoso e está começando cedo, pois adolescentes de 13 anos em diante já estão seguindo os passos dos mais velhos. Começam como simples “aborrecentes”, como são chamados por alguns pais e depois partem para um daqueles caminhos que acabamos de descrever.

O pior é que alguns pais, não estão atentos a tudo isso que está acontecendo.

Então, o meu recado nesse momento, como não poderia deixar de ser, é para você jovem, que está lendo este livro. Gostaria muito de estar conversando com você sim , mas pessoalmente, onde poderíamos trocar experiências e discutir diversos desses assuntos que aqui levantamos.

Mas, enquanto isso não é possível, gostaria de pedir para que você, parasse um pouco nessa sua vida agitada e confusa, e começasse a refletir sobre ela.

Ah ! Você não quer refletir, pois acha que tudo que faz tem um motivo? Eu tenho certeza que tem, e digo mais, o motivo está na sua família. É ou não é ? Tenho razão ou não ?

Você se sente abandonado, rejeitado, ou mesmo incompreendido por seus pais, por sua família, como tantos outros jovens que assim se sentem, dos quais citei alguns exemplos nesse livro ?

Tudo bem. Você teria então todas as razões do mundo e todo o direito de fazer o que você quisesse e de se comportar como você também o quisesse. Além disso, as drogas lhe ajudam a se esquecer dos problemas e a não encarar a realidade (que lhe é muito feia) de frente ? É, pode ser.

Mas pense um pouco. Onde você quer chegar ?

Se você, tivesse nesse momento, uma oportunidade real de dar um rumo definitivo na sua vida, de fazer aquilo que você realmente quer. De fazer tornar-se realidade aquele grande desejo e sonho que está guardado a “sete chaves” no seu coração. O que você faria ?

Você teria coragem de dar uma chance a você mesmo ? Você teria coragem de tentar ser verdadeiramente feliz?

Pois eu vou lhe dizer uma coisa. Essa oportunidade existe e está ao seu alcance. Mas só depende de você querer agarrá-la ou não.

Se você demorar a se dar uma chance, pode ser tarde demais.

Sabe, querido amigo ou amiga, existe alguém que o(a) ama muito e sofre muito com o seu sofrimento. Procure-O, Ele está tão perto de você.

Abra seu coração para Ele. Deixe Ele te ajudar. Nele você pode confiar.

Sabe de quem eu estou falando? Claro que sabe, você é um jovem inteligente. Então vá até a Sua casa. As portas ficam sempre abertas te esperando...
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Do Livro "Filhos, Presentes Especiais de Deus"
Por José Vicente Ucha Campos