Prezados amigos e amigas,

O presente Blog, tem a finalidade de ser mais um instrumento de valorização da família.
Por isso trará sempre artigos relacionados a esse tema, abordando os diversos aspectos que envolvem a formação de uma família sadia e segundo os preceitos cristãos, além de enfocar os diversos aspectos do relacionamento familiar.
Esperamos assim, que possa servir como um meio de reflexão, ajuda e fortalecimento àquelas famílias que encontram-se em situação difícil.

Que Deus nos ajude nessa empreitada.

Pedimos ainda que a Sagrada Família abençoe e proteja a todas as famílias do mundo inteiro. Amém !

José Vicente Ucha Campos
jvucampos@gmail.com

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

O TREM DA VIDA

Há algum tempo atrás, recebi uma mensagem de um amigo, também sem autoria identificada, que comparava a vida a uma viagem de trem.
Uma leitura extremamente interessante, quando bem interpretada.
Dizia a mensagem:

A vida não passa de uma viagem de trem, cheia de embarques e desembarques, alguns acidentes, algumas surpresas agradáveis com alguns embarques, e grandes tristezas em outros.
Quando nascemos, entramos nesse trem e nos deparamos com algumas pessoas que julgamos, estarão sempre nessa viagem conosco : nossos pais.
Infelizmente, isso não é verdade; em alguma estação eles descerão e nos deixarão órfãos de seu carinho, amizade e companhia insubstituível...
Mas isso não impede que, durante a viagem, pessoas interessantes e que virão a ser super especiais para nós, embarquem.
Chegam nossos irmãos, amigos e amores maravilhosos.
Muitas pessoas tomam esse trem apenas a passeio.
Outras encontrarão nessa viagem somente tristezas.
Ainda outras circularão pelo trem, prontos a ajudar a quem precisa.
Outras lutarão para que essa viagem seja a melhor possível para eles e para seus companheiros de viagem.
Muitos descem e deixam saudades eternas, outros tantos passam por ele de uma forma que, quando desocupam seu acento, ninguém nem sequer percebe.
Curioso é constatar que alguns passageiros que nos são tão caros, acomodam-se em vagões diferentes dos nossos; portanto, somos obrigados a fazer esse trajeto separados deles, o que não impede, é claro, que durante o trajeto, atravessemos com grande dificuldade nosso vagão e cheguemos até eles...
Só que, infelizmente, jamais poderemos sentar ao seu lado, pois já terá alguém ocupando aquele lugar. Provavelmente, precisaremos entender, pois nós também fraquejaremos muitas vezes e, com certeza, haverá alguém que nos entenderá.
Não importa, é assim a viagem, cheia de atropelos, sonhos, fantasias, esperas, despedidas... porém, jamais, retornos.
Façamos essa viagem, então, da melhor maneira possível, tentando nos relacionar bem com todos os passageiros, procurando, em cada um deles, o que tiverem de melhor, lembrando, sempre, que, em algum momento do trajeto, eles poderão fraquejar .
Mas devemos continuar a seu lado e a ajudá-lo a se reerguer.
O grande mistério, afinal, é que jamais saberemos em qual parada desceremos, muito menos nossos companheiros, nem mesmo aquele que está sentado ao nosso lado.
Deixar meus filhos continuarem a viagem sozinhos, com certeza será muito triste, mas me agarro na esperança que, em algum momento, estarei na estação principal e terei a grande emoção de vê-los chegar com uma bagagem que não tinham quando embarcaram... e o que vai me deixar feliz, será pensar que eu colaborei para que ela tenha crescido e se tornado valiosa.
Eu fico pensando se quando descer desse trem sentirei saudades ... Acredito que sim.
Me separar de alguns amigos que fiz nele será, no mínimo dolorido.
Me separar daqueles que amo, será pior ainda.

Sabem jovens, vocês podem estar nesse trem da vida, como aquele simples passageiro, que pegou o trem por acaso, e não sabe nem para onde ele vai.
Desembarcar em qualquer estação para ele, não muda nada. Tanto faz. Assim que desembarcar, nem terá a certeza de que haverá alguém para recebê-lo.
Mas ao contrário disso, podem e devem ser como aquele passageiro, que entrou no trem com a certeza de onde quer chegar. Que faz dessa sua viagem, um momento cheio de vida, de valores, de amizades e de amores.
Pode e deve ser aquele passageiro, que nunca viaja sozinho, pois sempre sabe achar aqueles amigos verdadeiros e que os acompanharão por toda a viagem.
Você será com certeza aquele passageiro, que deixará saudades e boas recordações para aqueles que prosseguirem a viagem, quando você desembarcar.
Amigos, vocês já estão no trem, então aproveitem bem a viagem, pois ela lhes permitirá chegarem um dia na estação do Amor verdadeiro, da felicidade completa, onde a bagagem que cada um levar será aquela que lhe permitirá ser definitivamente feliz.
Mas e se você só tiver em sua bagagem: o desanimo, o cansaço, a desesperança e a desilusão. Como poderá abrir a sua bagagem e utilizá-la ?
Sabem meus amigos, a nossa vida precisa de algo mais profundo. O nosso espírito precisa se alimentar de valores verdadeiros e de sentimentos verdadeiros e bons. Se não, fica um vazio muito grande em nosso coração. Pois as coisas superficiais, não conseguem preencher esse vazio. Muito menos as coisas que não são para o bem.
Os valores artificiais não conseguem sustentar ninguém, nem na juventude e muito menos ainda quando se atinge certa idade. Não dão firmeza e tranquilidade para se encarar a vida de frente.
Normalmente os jovens que não têm valores verdadeiros regendo a sua vida, se tornam adultos revoltados, questionadores de tudo. Mas, que questionam simplesmente por questionar, sem motivo real. São contra tudo e contra todos, simplesmente por serem.
Normalmente são adultos que vivem de cara amarrada, são profissionais ruins. São maridos complicados, que não tem uma base forte até para sustentarem seus casamentos quando aparecem as adversidades.
São pais complicados, que não conseguem transmitir nada de valor aos seus filhos, pois não têm esses valores em seus corações.
Enfim, são infelizes. Isso, porque os valores que tinham em suas juventudes, não lhes deram sustento para se transformarem em adultos fortes em caráter e sentimentos.
Então, caríssimos jovens, divirtam-se e sejam felizes, mas nunca se esqueçam do principal; nunca se esqueçam de que vocês precisam encontrar os verdadeiros valores da vida.
Afinal, se vocês têm dificuldades hoje em dia em suas famílias, se vocês não estão satisfeitos com elas; se acham que seus pais erram com vocês, ou seja, se sentem infelizes; vocês vão querer ser da mesma forma para com seus filhos quando formarem suas famílias ?
Ou vocês, ao contrário de seus pais, vão querer transmitir outros valores aos seus filhos e dar-lhes ainda algo mais que vocês não têm, tal como: carinho, atenção e amor .
Mas que valores e sentimentos verdadeiros e bons seriam esses ?
A amizade sincera e descompromissada, a honestidade, a sinceridade, a humildade, a justiça, a pureza de coração, a felicidade que vem de dentro do coração, o amor verdadeiro e sincero, e principalmente a fé em Deus.
O próprio Jesus Cristo, nos disse como devemos ser e que valores devemos ter para alcançarmos a felicidade verdadeira; no seu discurso, que é um verdadeiro poema da vida: O Sermão da Montanha ou As Bem-Aventuranças (Mt 5, 1-12).
Mas para que os jovens tenham esses valores, precisam ser fechados, introvertidos, sem alegria ? Claro que não, ao contrário. A alegria, o lazer, a música, o esporte, o namoro responsável, a boa alimentação, enfim, os prazeres da vida, são coisas boas, quando bem utilizados e que devem fazer parte também das nossas vidas. Enfim, somos humanos.
Mas, a diferença é que em todos os lugares em que esses jovens estiverem e tudo o que estiverem fazendo, o farão de modo diferente, pois serão diferentes, pois irradiarão a alegria de serem felizes em Deus.
Nós fomos criados por Deus, para sermos felizes. E afinal é isso que procuramos e esperamos, e até com a nossa morte; pois acreditamos que conheceremos a felicidade completa e total, ou seja a felicidade plena, ao lado de Deus.
Mas Deus quer que nós comecemos a conhecer essa felicidade, já aqui na terra. E por isso nós não devemos cultivar a desesperança, o desamor e a infelicidade, pois quando estamos com Deus em nossos corações, mesmo que venha o sofrimento, podemos ser felizes.
Me lembro quando em uma das vezes que fui visitar a Colônia de Hansenianos, Curupaiti, em Jacarepaguá no Rio de Janeiro, ao chegar em uma das casas visitadas, fui recebido por uma senhora que não tinha os dois braços, nem as duas pernas, que haviam sido consumidos pela doença. Ao vê-la, senti um choque e uma tristeza muito grande em meu coração e as lágrimas começaram a brotar em meus olhos, imaginando o sofrimento que ela devia passar. Como conseguir viver assim, era a pergunta que eu fazia a mim mesmo.
Tentava também não demonstrar para aquela senhora o que eu estava sentindo.
Mas, em alguns minutos de contato com aquela senhora, vi estampada em seu rosto e em seu olhar, uma alegria muito grande. Ela era uma pessoa feliz! Dava para se perceber isso pelo seu rosto e pelas suas palavras.
Aquela visita serviu como uma grande lição para mim e para todos os que estavam comigo.
Saímos de lá pensando:
“O que eu tenho de sofrimento em minha vida que possa me dar o direito de reclamar da própria vida, de reclamar dos outros e até mesmo de Deus, perante o grande exemplo de vida daquela senhora?
É, meus amigos, precisamos sempre repensar nossas vidas, nossos conceitos, nossa maneira de agir e de pensar. Repensar ainda os motivos de nossos aborrecimentos e de nossa “infelicidade”.
São motivos justos? Sou tão “coitado” assim?
Será que não tenho plena condição para ser feliz, mesmo tendo algum sofrimento em minha vida? Claro que sim!
Busquem, então, a felicidade, caríssimos jovens. Corram atrás dela. E nessa caminhada da vida, vocês verão que muitas vezes a felicidade está ao seu lado, está dentro de vocês. Por isso também, de vez em quando, olhem para dentro de vocês mesmos; e, se não encontrarem a felicidade aí dentro, é porque vocês estão caminhando por caminhos errados.
Estarão com certeza, andando no vagão, do trem da vida, que está com suas luzes todas queimadas. Com certeza o vagão está sujo e fedido. É barulhento e carrega a solidão e o vazio.
Mudem de vagão. As vezes não é muito fácil, passar de um vagão para outro.
Pô ! Mas, vocês são jovens ! Têm dinamismo, são fortes, atléticos, cheios de saúde. Ou não são ? Se não; então não são jovens, mas sim, velhos caquéticos, numa carcaça “bombada”.
Vamos lá queridos amigos ! O que está faltando para vocês mudarem logo de vagão ?
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Do Livro "Filhos, Presentes Especiais de Deus"
Por José Vicente Ucha Campos

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