Prezados amigos e amigas,

O presente Blog, tem a finalidade de ser mais um instrumento de valorização da família.
Por isso trará sempre artigos relacionados a esse tema, abordando os diversos aspectos que envolvem a formação de uma família sadia e segundo os preceitos cristãos, além de enfocar os diversos aspectos do relacionamento familiar.
Esperamos assim, que possa servir como um meio de reflexão, ajuda e fortalecimento àquelas famílias que encontram-se em situação difícil.

Que Deus nos ajude nessa empreitada.

Pedimos ainda que a Sagrada Família abençoe e proteja a todas as famílias do mundo inteiro. Amém !

José Vicente Ucha Campos
jvucampos@gmail.com

sábado, 4 de setembro de 2010

AMOR MAIOR

Como vimos anteriormente, a convivência entre pais e filhos, é, e sempre foi meio complicada. Isso é histórico.  
Mas o abandono, o desprezo, a falta de carinho e a falta de amor, não são normais. Isso é um distúrbio grande no relacionamento de dois seres humanos, ainda mais se forem pais e filhos.
Por isso se você meu amigo, acha que o que já aconteceu não tem mais jeito, repense esse seu conceito. Pois tem jeito sim.
Como já falei, nada do que tenha acontecido num relacionamento de pai e filho, pode ter sido tão grande, tão errado e tão sério, que seja maior que o AMOR. Tenha certeza disso.
Foi o próprio Jesus Cristo que o falou. E foi Ele que deu a maior prova de amor por nós. Pois por nós, morreu crucificado numa cruz. E ainda, antes de morrer, nesta mesma cruz, disse: “ Pai, perdoai-os pois eles não sabem o que fazem ”. E se isso não bastasse, ainda nos deu a sua mãe, como nossa mãe: Nossa Senhora.
Cristo, em toda a sua caminhada e anúncio do Reino de Deus e da nossa Salvação, resumiu ainda, toda a sua evangelização, em um único mandamento: O MANDAMENTO DO AMOR !
E disse para que nós nos amássemos uns aos outros como a nós mesmos, e como Ele nos amou.
Esse é o sentimento que tem que prevalecer no relacionamento entre pais e filhos. O AMOR.
Não sei se vocês, meus amigos, se lembram de um caso que abalou a cidade do Rio de Janeiro, em maio de 2003, quando, segundo as reportagens dos jornais da época, que recolheram declarações dos amigos da família, que estavam atônitos, um pai dedicado e marido carinhoso, engenheiro de 57 anos, matou a tiros a mulher, de 48 anos, e as filhas de 19 anos(a quem chamava de “minha princesa”) e a de 14 anos (que era a sua “maricotinha”) e em seguida suicidou-se.
Foi uma comoção geral e as pessoas ficavam se perguntando o que levaria um pai de família, que demonstrava gostar tanto de sua família, a acabar de uma hora para outra, com a vida de todos, inclusive a sua própria.
Alguns amigos da família, começaram a especular que o motivo poderia ter sido financeiro, pois o pai lutava muito e não media esforços para dar tudo o que suas filhas queriam e para sustentar os sonhos de consumo de sua esposa. Alegava-se na época que ele estava em sérias dificuldades financeiras e que não conseguiu superar a crise em que se encontrava, e que provavelmente não viu outra saída a não ser a morte de todos, para que ninguém passasse pelo “vexame” de ter empobrecido.
Ninguém na realidade, a não ser o próprio autor deste ato de desespero total, pode saber o que realmente passou na cabeça daquele pai de família para chegar a esse ato extremo.
Mas, podemos questionar se não faltou alguma coisa no coração daquele pai que fosse maior do que todo o desespero que ele pudesse ter.
E talvez, esse algo que estivesse faltando no coração daquele pai, se lá estivesse, não teria deixado ele entrar em desespero.
E faltou também, talvez, pois não se pode julgar, algo no coração não só do pai, mas de toda aquela família, e que devido a isso, não tiveram forças para superarem as dificuldades comuns e normais em qualquer família, e impedindo ainda, que a mãe e suas filhas percebessem, a angústia que aquele pai estava passando.
Não vale a pena ficar aqui, agora, conjecturando, sobre o que se passou, mas talvez questionar: Será que aquela família não conseguiu colocar Deus, como presença viva em seus corações?
Meus amigos, um sinônimo que se pode dar para a palavra desespero, é, “ausência do amor de Deus”. Não porque Deus nos abandona, mas porque às vezes não estamos com nossos corações totalmente abertos ao Seu amor.
E o desespero pode tomar conta do nosso ser, quando deixamos “outros deuses” (tais como: o dinheiro, a posição social, o ter cada vez mais, a ostentação, etc), tomar o lugar do Deus verdadeiro e único.
Novamente, não estou aqui para julgar, e peço perdão se estou sendo muito duro nas minhas observações, mas citei esse caso , que muito me abalou e me entristeceu, para que, através do acontecido, outras famílias que ainda não colocaram o verdadeiro Amor dentro de seus lares, reflitam sobre tudo isso, e o façam sem demora.
Me lembro ainda, que na própria página de um dos jornais que li sobre o acontecido, vieram algumas palavras do nosso querido Padre Jorjão, que na época celebrou uma missa pela família que tinha sofrido aquela grande tragédia, e, dirigindo-se a uma multidão de jovens e pais ali presentes, disse:
“Preocupem-se menos com o ter e mais com o ser. Vão para casa, abracem as famílias. Abracem seus pais, suas mães, e entendam que o grande valor da vida está na família.. Cerquem-se de amor e não de valores materiais.
Estamos assistindo a uma juventude que não consegue resistir aos apelos do consumo, que não sabe dizer não ao dinheiro. O que é seu, precisa ser melhor que o do vizinho. Não sobrevivem sem grifes, sem viagens, sem compras, sem restaurantes caros. Não são capazes de estar sozinhos, com um bom livro, com a sua consciência, com a sua família. Vivem em bandos, não convivem com o silêncio nem com a solidão. E cobram dos pais, cobram sempre, querem mais. (...)
Filhos nossos, adolescentes, jovens, por favor, reflitam enquanto é tempo. Dividam com seus pais as dificuldades. Pais, partilhem com seus filhos seus momentos, bons e maus. Unam-se, somem, em vez de dividir. Encurtem distâncias. O dinheiro ou a falta dele não pode mais, de jeito algum, tirar vidas. E pais desesperados devem saber que, junto com suas famílias, sempre encontrarão uma luz no fim do túnel.”
É, meus amigos, somente o amor mútuo e verdadeiro, pode sobrepujar-se às dificuldades que surgem a todos os momentos em nossas vidas e em nossas famílias.
Por isso, devemos "lutar" para que vivamos sempre no amor. Não é fácil. Sabemos disso. Mas, também não é impossível. E para nos ajudar a viver esse amor, nada melhor do que a presença de Deus entre nós. Devemos procurá-lo, devemos aceitá-lo, devemos pedir a sua presença no meio da nossa família. A convivência religiosa dos memnros da família, na Igreja, nos ajuda muito a manter-nos perto de Deus e por conseguinte, da vivência do amor.
Como dizia o Pe. Jorjão, um pouco acima, amem-se como família!
.
Do Livro "Filhos, Presentes Especiais de Deus"
Por José Vicente Ucha Campos

Nenhum comentário:

Postar um comentário